domingo, 19 de janeiro de 2020

Mini curiososo descobrem a Amazônia - Série literatura infanto-juvenil sobre a Amazônia


Mini curiosos descobrem a Amazônia faz parte de uma coleção da Editora Lume  para os jovens leitores. Com ilustrações encantadoras, delicadas e supercoloridas, de Lorota, ele é perfeito para explorar junto com as crianças os segredos da Amazônia. Aqui eles vão descobrir que o bicho preguiça é tão devagar que crescem algas no pelo dele, que os sapos-ponta-de-flecha são lindos mas muito venenosos, que os botos-rosas são espertos e brincalhões e que a floresta amazônica é cheia de mistérios e muito importante para nós, e para o planeta. Com um texto leve e bem humorado, de leitura simples e informações interessantes e atualizadas da autora Clarice Uba:  Mini curiosos descobrem a Amazônia trabalha o olhar inquisidor dos pequenos, mostrando um pouco da incrível diversidade da maior floresta tropical do planeta, e sua enorme importância para o presente e o futuro

A Amazônia é a maior floresta do mundo, e nesta imensidão verde existem tantos bichos e plantas diferentes que estamos sempre descobrindo algo novo. Conheça alguns dos moradores da Amazônia, como a enorme harpia, o simpático bicho preguiça e a feroz formiga-legionário, e descubra porque temos que proteger essa região tão frágil e cheia de vida.

Clarice Uba. Mini curiosos descobrem a Amazônia. São Paulo: Luma. 2018. 36 p. Ilustrações - Lorota


Clarice Uba. Mini curiosos descobrem a Amazônia. São Paulo: Luma. 2018. 36 p. Ilustrações - Lorota. ISBN: 9788553136001


PS - Este livro tem várias informações questionáveis. Vou listar brevemente algumas aqui. Oxalá numa próxima edição ele passe por uma revisão.

sábado, 11 de janeiro de 2020

Os livros de e sobre Ermano Stradelli

Ermanno Stradelli (Borgo Val di Taro - Piacenza - Emilia-Romagna - Italia, 8 de  dezembro de 1852 — Leprosário Umirizal em Manaus, 21 de março de 1926) foi um conde, folclorista, explorador, fotógrafo e etnógrafo ítalo-brasileiro.

Stradelli realizou expedições à Amazônia, recolhendo relatos de mitos dos povos indígenas, dentre os quais os uananas.[2] Vários  relatos foram publicados no final do século XIX nos boletins da Società Geographica Italiana.

As navegações na bacia amazônica e as viagens

Chegando em Manaus em 1879,  passa alguns meses junto aos missionários franciscanos, para aperfeiçoar o português.  Já em 1880 viaja pelo Rio Purus e seus afluentes; depois, sobe o Rio do Amazonas até Fonte Boa e Loreto, onde encontra outro conde, Alessandro Sabatini, que lhe transmite a paixão pela  “língua boa”, o nheengatu, que o acompanhará durante a vida toda.  No Rio Juruá, assiste à extração da borracha e estuda de perto o trabalho dos seringueiros.  Acometido pela malária, volta a Manaus para se restabelecer.

Em 1881, navega no rio Uaupés, rico em lendas e histórias,  e conhece os estudiosos João Barbosa Rodrigues, Antonio Brandão de Amorim, e Maximiano José Roberto, que faziam pesquisa etnográfica na região. Interessado pela cultura dos índios Tariana e Tucano, Ermanno começa a estudar os idiomas e a  tradição oral destas tribos. Interessa-se, particularmente, pela controversa figura de Jurupari: diabo, herói ou deus segundo as diferentes versões, e decide descobrir a verdade sobre este mito.

Em 1882, participa da Comissão Brasileira para as Fronteiras com a Venezuela e percorre o Rio Padauiri. Logo depois volta a navegar no Uaupés, subindo-o até Jauareté-cachoeira. Percorre o afluente Apapori, até que nova crise de malária obriga-o a parar. Em 1883, passa uma temporada em Itacoatiara, onde começa a organizar seus registros de viagem e as muitas definições das palavras em nheengatu que tinha coletado, com o objetivo de realizar um vocabulário. Colabora com João Barbosa Rodrigues na fundação do Museu Botânico de Manaus. Apesar de suas precárias condições físicas, em 1884, aceita o convite para participar da expedição de pacificação dos índios  Crichanás (Waimiri – Atroari) do rio Jauaperi comandada pelo próprio Rodrigues.  Será uma viagem fundamental para Ermanno,  pois confirma-lhe toda a violência e a estupidez da prática dos brancos, que pretendiam civilizar os índios impondo unilateralmente a própria visão de mundo, destruindo e matando.

No mesmo ano volta à Itália para terminar os estudos universitários; começa a advogar em Gênova e publica, junto ao editor de Piacenza, Vincenzo Porta, “Eiara: leggenda Tupi-Guarani, e La confederazione dei Tamoi.  Poema épico”,  tradução da obra indianista de Domingo José Gonçalves de Magalhães. Em 1886 participa do VI Congresso Internacional de Americanistas em Turim.

Porém, tem o forte desejo de voltar para a Amazônia e, ao mesmo tempo,  realizar uma verdadeira empreitada de geógrafo. Junto com o amigo Augusto Serra, decide ir em busca da nascente do rio Orenoco. Com o apoio da Società Geografica, mas contando somente com recursos próprios, em fevereiro de 1887, parte do porto de Marselha rumo à Venezuela. Em Caracas è recebido pelo Presidente da República, que oferece auxílio para a expedição.  Enquanto espera a chegada de Serra, é informado que Chaffanjon já teria individuado as nascentes. Stradelli, porém, desconfia, e decide, apesar da renuncia do amigo e sem o equipamento que este devia trazer,  seguir viagem. Da ilha de Trinidad chega em Puerto d’España; de Ciudad Bolivar prossegue para Porto Samuro, Maipures, e, através do baixo Vichada, afluente do Orinoco, chega em S. Fernando de Atabapo. Neste lugar abandona a empreitada. No início de 1888, passa a fronteira e transcorre um mês em Cucuí, posto militar de fronteira. Retoma, então, a viagem rumo a Vista Alegre. Em fevereiro já está em Manaus. Desta longa jornada restaram-nos os detalhados relatos que enviou   pontualmente para a  Società Geografica e que foram publicados no Boletim. Em 1890 e 1891 volta pela terceira e última vez a viajar por seu amado Uaupés, deixando brilhantes descrições da natureza, dos homens e dos costumes.

Vida de juiz e pesquisador

Em 1893 naturaliza-se brasileiro e entra na magistratura. Nomeado Promotor público, presta serviço em Manaus e  depois em Lábrea, no Rio Purus.  O projeto de realizar um trust ítalo-brasileiro para combater o monopólio anglo-americano na extração e no comércio da borracha o faz voltar para a Itália, em 1897, para propor o negócio ao industrial Giovanni Battista Pirelli, que não aceita.

Frustrado, Stradelli volta a Manaus e ao trabalho de juiz. Conduz uma existência simples, operosa e reservada, organizando as anotações recolhidas nas  viagens e revisando os inúmeros verbetes do vocabulário, sua obra mais trabalhosa e ambiciosa, que sonha ver um dia publicada. Em 1901 faz uma última viagem breve à Itália, da qual temos indícios porque proferiu uma conferência no Collegio Romano, sede da Società Geografica.

Em 1912 é transferido para Tefé. Com os anos se manifestam os primeiros sinais da doença de Hansen. Em 1923 é exonerado do cargo e internado no leprosário de Umirizal, onde morre em 1926, numa pequena cabana, na companhia, apenas, dos diários, dos mapas geográficos e das muitas lembranças.

Fonte: Wikipedia
Fonte: http://www.memorial.org.br/2013/04/ermanno-stradelli-1852-1926/

Sua vida foi publicada em livro por Luís da Câmara Cascudo, intitulado Em Memória de Stradelli,[1] onde o autor principia se queixando da falta de dados então encontrada: "Quase nada se sabia dele. Morrera em 1926 e seu nome se diluíra na sombra, como uma inutilidade. Raras citações. Raríssimos informadores. Percentagem altíssima em erros, enganos, omissões”; o livro foi publicado em 1936.[3]


Bibliografia

de autoria de Stradelli:
  • 1876, Una gita a Rocca d'Olgisio, Tipografia V. Porta, Piacenza
  • 1877, Tempo sciupato, Tipografia Marchesotti
  • 1885, La confederazione dei Tamoi (tradução para o italiano da obra de Magalhães), Tipografia V. Porta, Piacenza
  • 1890, Il Vaupes e gli Vaupes. Boletim da Società Geografica Italiana, 3a. serie, vol. 3, 425-453. 
  • 1898, Ajuricaba, poema publicado no jornal brasileiro "O Correio do Purus"
  • 1900, Due legende amazzoniche, Tipografia V. Porta, Piacenza
  • 1900, Pitiapo, editora desconhecida
  • 1910, Vocabulários de Línguas Faladas no Rio Branco, in Relatório Geral do Congresso Cientifico Latino-americano. Vol. VI, Rio de Janeiro
  • 1928, Vocabulário Nheengatu-Português e Português-Nheengatu, Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro
  • Tradutor do poema épico de Gonçalves Dias 

La Confederazione dei Tamoi. Poema Epico di D.J.G. de Magalhaens, publicada em 1885 por Vincenzo Porta Libraio-Editore, em Piacenza, Itália. Versione del Conte Ermano Stradelli.
Fonte: Vera Lúcia Bianco, 1995. 


Bibliografia

sobre Stradelli:

  • BERNARDINI, Aurora Fornoni. Introdução. In STRADELLI, Ermanno. Lendas e notas de viagem – A Amazônia de Ermanno Stradelli. São Paulo: Martins, 2009
  • FONTANA, Riccardo. A Amazônia de Ermanno Stradelli. Brasília, 2006
  • NAVARRO, Eduardo de Almeida. O Conde Italiano Ermanno Stradelli: um mestre do nheengatu no século XX

  • STRADELLI, Ermanno. Lendas e notas de viagem – A Amazônia de Ermanno Stradelli. São Paulo: Martins, 2009

sábado, 4 de janeiro de 2020

No fundo do Rio Amazonas - Glorinha de Moura Novaes




No fundo do Rio Amazonas. Glorinha de Moura Novaes, Editora Melhoramentos, 1953, 1 ed. 80 p.
Ilustrações de Oswaldo Storni.


Toda a magia das lendas brasileiras estão neste livro, onde dois meninos vivem incríveis aventuras com as entidades marítimas do rio e do mar: a iara, o curupira, o boitatá e muitas outras. [Fonte: contracapa do livro]

Os personagens principais são os meninos Guaci (índio) e Joãozinho (branco). Inicialmente a narrativa apresenta os costumes dos índios que vivem na tribo de Guaci: os índios guerreiros, as índias que cuidam dos indiozinhos, o Pajé e o Cacique (pai de Guaci). Após isso são apresentados os seres mitológicos da floresta amazônica como o Anhangá e o Curupira, e os seres que vivem no fundo do rio Amazonas: a rainha Iara, o ministro Boto, o cientista Pirarucu, o general Jururá-Açu (uma tartaruga) e o Boitatá, além de outros peixes e tartarugas, que estão em guerra com as Sereias do Mar, montadas em cavalos-marinhos.

Capítulos: (1) Introdução, (2) Encontro com o menino branco, (3) O gênio da floresta, (4) A árvore que badala, (5) A caminho da maloca, (6) Cururu, a dança indígena, (7) A estranha profecia, (8) Uma igara desce o grande rio, (9) A flor gigante do Amazonas, (10) O Curupira entra em cena, (11) Viagem numa vitória-régia, (12) As sereias querem destronar a Iara, (13) No reino verde da Iara, (14) A Iara e seu ministro, o Boto, (15) Plano de ataque, (16) Dr. Pirarucu, o grande sábio, (17) Palpites do general Jururá-Açu, (18) A onda grande, (19) Guaci, prisioneiro das sereias, (20) O Boitatá, cobra de fogo, (21) As sereias abandonam o rio Amazonas, (22) Termina a grande aventura.






No fundo do Rio Amazonas (Glorinha de Moura Novaes, Editora Melhoramentos, 1965- 1967, 3 ed. 80 p. Ilustrações de Oswaldo Storni.





No fundo do Rio Amazonas .Glorinha Novaes, Editora Melhoramentos, Coleção Tempo de Ler, 1979/1981, 63 p. Ilustrações de Oswaldo Storni.




No fundo do Rio Amazonas. Glorinha de Moura Novaes, Editora Melhoramentos, Coleção Leituras Preferidas, 1983/1986/1989/1990/1994, 62 p.  8 - 11 ed. Capa de Eliana Brandão. Ilustrações de Oswaldo Storni.