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O Império verde da Amazônia, cujo livro I, Brasil Verde das Iara, foi escrito em Belém em 1933, foi inspirado na observação do autor que viveu em Óbidos, Manaus e Belém. Venturelli era na época um avido leitor dos escritores da Amazônia - Alfredo Ladislau, Gastão Cruls, Pedro Luiz Sympson, Raymundo Moraes, Oswaldo Orico, José de Alencar, Ermano Stradelli, Domingos Magarinos, Jaques Raimundo.
Venturelli Sobrinho
Venturelli Sobrinho (José) nasceu em 30 de março de 1900, em Pedralva (antiga São Sebastião da Pedra Branca) sul de Minas Gerais. Sua infância humilde só lhe deu as primeiras letras na adolescência, quando fez o primário já com 16 anos. Trabalhou na enxada, vendeu doces e pastéis na Estação de Trem quando menino, e seu único brinquedo foi uma locomotiva de madeira e lata feita por ele mesmo. Seu primeiro trabalho poético foi uma trova para sua namorada. Sentou Praça no 8º R.A.M./75 em Pouso Alegre (MG) em 1925, escalando os postos de Anspeçada, Cabo e Sargento, sendo então aprovado no Concurso para Escola Militar de Realengo, de onde saiu Aspirante em 1928. Em 1926 lançou seu primeiro livro de poesias - ALVORECER apadrinhado pelo grande Osório Duque Estrada, tendo deixado mais de 30 livros. Aprendeu e dominou dez idiomas; Professor de Línguas Latinas, Engenheiro Civil; Piloto de pequenos aviões; Comendador Internacional, Pintor, Escultor e Desenhista, Músico e Maestro-Instrumentista de quase todos os instrumentos de corda, inclusive Piano e flauta doce. Era também pintor e escultor, tendo deixado mais de cem obras. Por falar e escrever fluentemente o Árabe, foi o tradutor do grande poeta libanês Fauzi Maluf em seu livro "No Tapete do Vento". Traduziu em versos a Divina Comédia de Dante, enquanto se restabelecia de um infarto Atingiu o Generalato em 1958. Faleceu no Rio de Janeiro, a 30 de julho de 1981.Fonte: http://www.falandodetrova.com.br/venturellisobrinho
Dedicatoria de Venturelli Sobrinho a Durval Mession |
CAPUCHINHOS
Venturelli Sobrinho
FRANCISCANOS, espirito provectos,
Ao contato da selva e dos selvagens,
Desbravando florestas e intelectos,
Tornan reais fantásticas miragens.
Almas catequizando, haurindo afetos,
Tocando corações, erguendo imagens,
Ao fundo das consciências vão, diretos,
Na sucessão de anímicas sondagens.
No esquecido Brasil das Amazonas,
Afastados do mundo e das grandezas,
Ei-lo dando esplendor a incultas zonas.
Ei-los, de viva fé vivos exemplos,
No ínvio seio de agrestes naturezas,
Abrindo escolas, erigindo templos !
Enseada do Tupi, 12-2-1933 (São Paulo de Olivença)
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Criticas:
" O livro Império Verde da Amazônia, é constituido de versos perfeitos, quanto à metrica e sua sonoridade, fazendo a descrição completa de tudo quanto há naquela região ainda inóspita e quase desconhecida ..." Francisco Ivo Cavalcanti
Post: 28/03/2014
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