Gore Vidal (Condado de Orange, 3 de outubro de 1925 - 31 de julho de 2012)
Eugene Luther Gore Vidal, mais conhecido pelos seus dois últimos nomes,
nasceu na academia militar de West Point, no estado de Nova York, em 3
de outubro de 1925.
Escritor americano Gore Vidal morre aos 86 anos
Leia a última entrevista do escritor Gore Vidal à Folha
Filho de um pioneiro da aviação que trabalhou, Eugene Luther, com a atriz Nina Vidal, Gore era também neto do senador democrata do estado de Oklahoma, Thomas Prior Gore, de quem adotou o último nome. O senador era cego, e quando pequeno, Gore Vidal lhe servia de guia, além de ler para seu avô livros e histórias.
Considerado um dos maiores escritores norte-americanos do último século, Gore Vidal começou a carreira cedo, escrevendo contos e poemas ainda na adolescência. Aos 18 anos se alistou no exército, e escreveu seu primeiro romance, "Williwaw", um ano depois, a bordo de um navio, durante a Segunda Guerra Mundial. A obra, recebida com destaque por público e crítica, é baseada em suas experiências de guerra, no destacamento do porto de Alaska.
Gore serviu no exército até 1946, e um ano depois se mudou para Antigua,
na Guatemala, onde escreveu "Em um Bosque Amarelo", sobre a vida de um
ex-combatente, e "A Cidade e o Pilar", livro que causou furor por suas
temática abertamente homossexual. Por causa deste livro, o jornal "The
New York Times" se recusou a resenhar suas próximas cinco obras
lançadas.
Na década de 1950 escreveu ficções baratas e livros de suspense utilizando-se de três pseudônimos diferentes. Nessa mesma década escreveu também "À Procura de um Rei", "Verde Escuro, Vermelho Brilhante", "O Julgamento de Páris", e "Messias".
Nem todos os livros alcançaram sucesso de público e vendas, e, nesse período, para reforçar seu caixa, Gore dedica-se a escrever peças de teatro e roteiros para televisão e filmes de Hollywood, para receber o que considerava "dinheiro bom e rápido". Ele continua escrevendo para o cinema no decorrer de sua carreira, mas obtém mais sucesso com suas peças de teatro.
Uma delas, "Visita a um Planeta Pequeno", foi inicialmente produzida para televisão, em 1955, e posteriormente levada para a Broadway. Sua peça seguinte, "The Best Man" (O melhor homem, em tradução livre), lançada em 1960 na Broadway alcança um sucesso ainda maior, e é transformada em filme em 1964, tendo por título em português "Vassalos da Ambição".
POLÍTICA
O escritor sempre foi ativo politicamente, seja por suas raízes familiares ou pelo gosto pela polêmica. No ano de 1960 Gore se lançou na política, como candidato democrata ao Congresso, pelo estado de Nova York, mas acabou não sendo eleito.
Sua identificação política esteve sempre relacionada à defesa dos direitos das minorias e ao combate ao que chama de "imperialismo" dos EUA. Sua oposição ao partido republicano é notória, e ficou particularmente conhecido por suas críticas cáusticas ao governo de George W. Bush, o qual denominou como "o mais desastroso de nossa história".
Na década de 1960 mudou-se para Ravello, na costa do Mediterrâneo, na Itália, com seu companheiro Howard Austen, que conhecera ainda na década de 1950.
Em 1964 retoma sua carreira literária ao escrever "Juliano", uma biografia do imperador romano de mesmo nome.
Entre 1970 e 1972, presidiu o People's Party (de tendência liberal), e em 1982 se apresentou como senador pela Califórnia e ficou perto de conquistar uma cadeira no Congresso ao obter mais de 500 mil votos.
ROMANCES HISTÓRICOS
Com a diminuição do público leitor de romances e a concorrência do cinema e da televisão, Gore Vidal dedicou-se cada vez mais aos romances históricos. O escritor aprofundou-se em personagens e fatos da história dos EUA, e lançou sete romances históricos sobre esta temática: "Washington", "Burr", "Lincoln", "1876", "Império" e "Hollywood", encerrados por "A Era Dourada: Narrativas do Império".
Em 1993, obteve o Prêmio Nacional do Livro dos Estados Unidos por seu ensaio "United States Essays, 1952-1992".
Em 1995, escreveu seu livro de memórias, "Palimpsest". Candidato eterno ao Nobel da Literatura, Gore Vidal era primo do ex-vice-presidente dos EUA Al Gore e meio-irmão da ex-primeira dama Jacqueline Kennedy.
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO
Ingressou na literatura quando adolescente, escrevendo contos e poemas. Publicou seu primeiro romance, Williwaw, aos 21 anos quando servia nas Forças Armadas durante a Segunda Guerra Mundial[1], mas nos anos 50 passou a sofrer perseguições por parte dos conservadores liderados pelo senador McCarthy. Tem sido um crítico cáustico das posturas belicistas adotadas pelos dirigentes norte-americanos.
Gore Vidal foi romancista e ensaísta e residiu muitos anos em Ravello, Itália, tendo retornado para Los Angeles, Estados Unidos, quando da enfermidade e posterior morte de seu companheiro Howard Austen, em 2003. Continuou a escrever livros e artigos para periódicos do mundo inteiro.
Morreu no dia 31 de Julho de pneumonia, em Hollywood.[2]
FONTE: WIKIPEDIA
Escritor americano Gore Vidal morre aos 86 anos
Leia a última entrevista do escritor Gore Vidal à Folha
Filho de um pioneiro da aviação que trabalhou, Eugene Luther, com a atriz Nina Vidal, Gore era também neto do senador democrata do estado de Oklahoma, Thomas Prior Gore, de quem adotou o último nome. O senador era cego, e quando pequeno, Gore Vidal lhe servia de guia, além de ler para seu avô livros e histórias.
Considerado um dos maiores escritores norte-americanos do último século, Gore Vidal começou a carreira cedo, escrevendo contos e poemas ainda na adolescência. Aos 18 anos se alistou no exército, e escreveu seu primeiro romance, "Williwaw", um ano depois, a bordo de um navio, durante a Segunda Guerra Mundial. A obra, recebida com destaque por público e crítica, é baseada em suas experiências de guerra, no destacamento do porto de Alaska.
O escritor norte-americano Gore Vidal, em sua casa em Los Angeles (EUA), em outubro de 2006
Na década de 1950 escreveu ficções baratas e livros de suspense utilizando-se de três pseudônimos diferentes. Nessa mesma década escreveu também "À Procura de um Rei", "Verde Escuro, Vermelho Brilhante", "O Julgamento de Páris", e "Messias".
Nem todos os livros alcançaram sucesso de público e vendas, e, nesse período, para reforçar seu caixa, Gore dedica-se a escrever peças de teatro e roteiros para televisão e filmes de Hollywood, para receber o que considerava "dinheiro bom e rápido". Ele continua escrevendo para o cinema no decorrer de sua carreira, mas obtém mais sucesso com suas peças de teatro.
Uma delas, "Visita a um Planeta Pequeno", foi inicialmente produzida para televisão, em 1955, e posteriormente levada para a Broadway. Sua peça seguinte, "The Best Man" (O melhor homem, em tradução livre), lançada em 1960 na Broadway alcança um sucesso ainda maior, e é transformada em filme em 1964, tendo por título em português "Vassalos da Ambição".
POLÍTICA
O escritor sempre foi ativo politicamente, seja por suas raízes familiares ou pelo gosto pela polêmica. No ano de 1960 Gore se lançou na política, como candidato democrata ao Congresso, pelo estado de Nova York, mas acabou não sendo eleito.
Sua identificação política esteve sempre relacionada à defesa dos direitos das minorias e ao combate ao que chama de "imperialismo" dos EUA. Sua oposição ao partido republicano é notória, e ficou particularmente conhecido por suas críticas cáusticas ao governo de George W. Bush, o qual denominou como "o mais desastroso de nossa história".
Na década de 1960 mudou-se para Ravello, na costa do Mediterrâneo, na Itália, com seu companheiro Howard Austen, que conhecera ainda na década de 1950.
Em 1964 retoma sua carreira literária ao escrever "Juliano", uma biografia do imperador romano de mesmo nome.
Entre 1970 e 1972, presidiu o People's Party (de tendência liberal), e em 1982 se apresentou como senador pela Califórnia e ficou perto de conquistar uma cadeira no Congresso ao obter mais de 500 mil votos.
ROMANCES HISTÓRICOS
Com a diminuição do público leitor de romances e a concorrência do cinema e da televisão, Gore Vidal dedicou-se cada vez mais aos romances históricos. O escritor aprofundou-se em personagens e fatos da história dos EUA, e lançou sete romances históricos sobre esta temática: "Washington", "Burr", "Lincoln", "1876", "Império" e "Hollywood", encerrados por "A Era Dourada: Narrativas do Império".
Em 1993, obteve o Prêmio Nacional do Livro dos Estados Unidos por seu ensaio "United States Essays, 1952-1992".
Em 1995, escreveu seu livro de memórias, "Palimpsest". Candidato eterno ao Nobel da Literatura, Gore Vidal era primo do ex-vice-presidente dos EUA Al Gore e meio-irmão da ex-primeira dama Jacqueline Kennedy.
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO
Biografia
Gore Vidal nasceu na Academia Militar de West Point.[1] Era filho de um pioneiro da aviação norte-americana.[1] Foi criado em Washington, D.C. onde seu pai trabalhou para o governo Roosevelt e seu avô foi o senador T. P. Gore.[1] Estudou na Universidade de Nova Hampshire.Ingressou na literatura quando adolescente, escrevendo contos e poemas. Publicou seu primeiro romance, Williwaw, aos 21 anos quando servia nas Forças Armadas durante a Segunda Guerra Mundial[1], mas nos anos 50 passou a sofrer perseguições por parte dos conservadores liderados pelo senador McCarthy. Tem sido um crítico cáustico das posturas belicistas adotadas pelos dirigentes norte-americanos.
Gore Vidal foi romancista e ensaísta e residiu muitos anos em Ravello, Itália, tendo retornado para Los Angeles, Estados Unidos, quando da enfermidade e posterior morte de seu companheiro Howard Austen, em 2003. Continuou a escrever livros e artigos para periódicos do mundo inteiro.
Morreu no dia 31 de Julho de pneumonia, em Hollywood.[2]
FONTE: WIKIPEDIA
Obras publicadas em português
- Williwaw
- 1876
- À Procura do Rei
- Burr
- Era Dourada: Narrativas do Império
- Palimpsesto
- 1876
- Fundação Smithsonian
- Kalki
- Um momento de louros verdes
- Messias
- Sonhando a Guerra
- Myra Breckinridge
- Myron
- Duluth
- RESENHA: Contudente libelo contra a sociedade de massa, Duluth(o nome é uma corruptela de Dallas, pastiche por excelência) faz uma espécie de colagem da cultura americana, seus clichês, sua submissão a interesses materialistas. Não só pródigo em trocadilhos, pojntuando o delírio imaginativo com estocadas certeiras, Gore Vidal compra o paraíso american Style para denunciar seu avesso. Daí a trama se desenrolar numa cidade atemporal à qual a presença insólita de um disco voador traz inquitações. Daí seus habitantes ao morrer se cristalizarem. Entre o céu e o inferno, seu destino é tão artificial quanto o estado civil de Beryl, a heroína divorciada que se passa por viúva.
- Criação
- RESENHA: Reconstrução de uma das épocas mais turbulentas e fascinantes da história da humanidade, o século V a.C. foi um período em que se conceberam idéias filosóficas, sociais e políticas que mudaram o curso do mundo antigo. O protagonista de Criação é Ciro, neto do profeta Zoroastro, que viaja como embaixador para além das fronteiras da Pérsia à procura de riqueza e, sobretudo, de respostas às perguntas acerca da criação e da origem do mundo.
- O Julgamento de Paris
- A Cidade e o Pilar
- Juliano
- RESENHA:Juliano foi sempre uma espécie de herói rebelde da Europa. Sua tentativa de deter o cristianismo e reviver o helenismo tem até hoje um apelo romântico, e sua figura aparece nos lugares mais estranhos, especialmente durante o Renascimento e depois, no século XIX. Dois escritores que nada têm em comum, Lorenzo de Medici e Henrik Ibsen, escreveram peças teatrais sobre Juliano. Contudo, excetuando-se a aventura singular da vida de Juliano, o que continua a fascinar é o próprio século IV. Nos cinquenta anos decorridos entre a elevação ao trono de seu tio Constantino e a morte de Juliano, aos trinta e dois anos, o cristianismo estabeleceu-se. Bem ou mal, somos hoje em grande parte o resultado do que eles foram naquela época
- Ao vido do Calvário
- Washington D.C.
- Império
- Navegação Ponto Por Ponto
- A era dourada
- Sede do Mal
- Criação
- De fato e de ficção
- Lincoln
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