José Guilherme de Araújo Jorge, nascido em Taraúaca em 20 de maio de 1914 e falecido aos 72 anos em 27 de Janeiro de 1987 no Rio de Janeiro. Conhecido como J. G de Araújo Jorge, foi um poeta, trovador, escritor e político acreano. Filho de Salvador Augusto de Araújo Jorge, juiz de direito em Tarauacá, e Zilda Tinoco de Araújo Jorge. Descendente, pelo lado paterno, de tradicional família alagoana: os Araújo Jorge. Sobrinho do embaixador Artur Guimarães de Araújo Jorge (autor de inúmeras obras sobre Filosofia, História e Diplomacia), sobrinho neto de Adriano de Araujo Jorge, médico, escritor, grande orador, foi presidente perpétuo da Academia Amazonense de Letras, e do professor Afrânio de Araujo Jorge, fundador do Ginásio Alagoano, de Maceió. Pelo lado materno, dos Tinocos, dos Caldas e dos Gonçalves, de Campos, Macaé, e São Fidélis, Estado do Rio. Passou sua infância no Acre, em Rio Branco, onde fez o curso primário no Grupo Escolar 7 de Setembro. No Rio de Janeiro, realizou curso secundário nos colégios Anglo-Americano e Pedro II. Colaborou desde menino na imprensa estudantil. Foi fundador e presidente da Academia de Letras do Internato Pedro II. Data dessa época, sua primeira colaboração na imprensa adulta: em 1931, viu publicado seu poema "Ri Palhaço, Ri" no "Correio da Manhã", depois transcrito no "Almanaque Bertand" de 1932. Entretanto, esse como outros trabalhos desse tempo, não foram incluídos em seus livros. Colaborou também no jornal "A Nação"; nas revistas "Carioca", "Vamos Ler" etc. Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Em 1932, no Externato Colégio Pedro II, em memorável certame, foi escolhido o "Príncipe dos Poetas", sendo saudado na festa por Coelho Neto, "príncipe dos prosadores brasileiros" recebendo das mãos da poetisa Ana Amélia, presidente da Casa do Estudante, como prêmio e homenagem, um livro ofertado por Adalberto Oliveira, então "Príncipe da Poesia Brasileira". Orador oficial de entidades universitárias, (do CACO, da União Democrática Estudantil, precursora da UNE, da Associação Universitária etc). Ainda estudante, venceu concursos de oratória. Em Coimbra recebeu no título de "estudante honorário" e fez Curso de Extensão Cultural na Universidade de Berlim. Foi professor do Colégio Pedro II. Publicou vários livros de poesia, como "Meu Céu Interior", "Amo" e diversos outros. Escreveu também poesia politico-social e romances, entre esses, "Um besouro ma vidraça". Morou na Rua Dias da Rocha, 44, Copacabana - RJ.
Prédio da residencia do J. G. de Araújo Jorge em Copacabana - RJ |
Com irrefreável vocação política, foi candidato a vários cargos públicos. Elegeu-se deputado federal em 1970 pelo antigo Estado da Guanabara, reelegendo-se já para o seu terceiro mandato em 1978. Ocupou a vice-liderança do MDB e a presidência da Comissão de Comunicação na Câmara dos Deputados. Em 1982, aderiu ao PDT de Leonel Brizola, e se reelegeu pela última vez por esta legenda, com 31.352 votos. Após romper com Brizola, em 1985, voltou para o PMDB, e foi derrotado nas eleições para a Constituinte, em 1986. Foi conhecido como o Poeta do Povo e da Mocidade, pela sua mensagem social e política e por sua obra lírica, de linguagem simples, impregnada de romantismo moderno, mas às vezes, dramático.
Fonte: wikipedia
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J. G. de Araújo Jorge
Apesar de ter publicado mais de três dezenas de obras e do êxito editorial de quase todos os seus livros, Araújo Jorge nunca foi reconhecido pela crítica literária. Raramente os grandes jornais publicavam alguma apreciação sobre seu trabalho, o que ele chamava de "conspiração do silêncio". O fato é que J.G. foi um dos poetas mais populares que o Brasil já teve e o único que vendeu mais de um milhão de livros. Entre as décadas de 60 a 80, os versos de J.G. estavam nos cadernos de poesia dos jovens, eram declamados em festas e recitais e difundidos em programas radiofônicos, jornais e revistas de todo o País.
Sua poesia está viva até hoje, emocionando os corações enamorados e traduzindo seus desejos, angústias e esperanças.
Ele se orgulhava de ser um homem que vivia intensamente. Foi professor, jornalista e publicitário de sucesso. Na época ficou muito conhecido por seus jingles, que garantiam sucesso a qualquer produto que anunciavam. Um deles é lembrado até hoje: "Isso faz um bem", da Coca-Cola.
J.G. dizia que é possível aprender a fazer versos, mas nunca a ser poeta. "Poesia não é só construção. Senão, poderíamos abrir uma escola para poetas, como há uma escola de Engenharia ou de Direito. Quanto a mim, já respondi: Eu faço versos assim/ como quem respira e canta/ a poesia nasce em mim/ como do chão nasce a planta"
Ele também dizia: "O poeta é um tradutor de realidades subjetivas. Um transfigurador. Um mergulhador dos mares do espírito. O poeta é um prestidigitador ─ faz mágica com a vida. Transforma água em vinho, para a embriaguez da beleza. A poesia é criada pelo pensamento, mas seu material é o sentimento. Cobaia de si mesmos, os poetas, em experiências e pesquisas constantes, revelam a vida, são apenas homens que nasceram poetas. O poeta é como um alpinista, que já nasceu trazendo em si mesmo os instrumentos e apetrechos para poder realizar escaladas."
Fonte: http://www.avozdapoesia.com.br/autores.php?poeta_id=270
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J.G. de Araújo Jorge
Estudou nos colégios Anglo-Brasileiro, Anglo-Americano e Pedro II, todos no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, diplomado em 1932, em ciências e letras. Ainda ginasiano iniciou sua carreira literária com Meu céu interior (poesia), que recebeu menção honrosa da Academia Brasileira de Letras. Em 1934 viajou à Alemanha, onde fez um curso de extensão cultural no Deutsche Institut Für Auslaender na Universidade de Berlim. Nesse mesmo ano esteve em Portugal, a convite do governo deste país, como integrante da Embaixada Universitária Osvaldo Aranha e, em 1936, na Argentina, por ocasião da inauguração do monumento ao presidente Saens Peña, como membro da Embaixada Presidente Justo. No ano seguinte bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil.
Após a extinção do Estado Novo (1937-1945), concorreu em dezembro de 1945 a um mandato de deputado pelo Distrito Federal à Assembléia Nacional Constituinte na legenda do Partido Republicano (PR), obtendo, porém, apenas uma suplência. No ano seguinte teve seu livro Eterno motivo contemplado com o Prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras.
Técnico educacional do Ministério da Educação e Cultura, foi também orientador do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Nova Friburgo (RJ), funcionário do Instituto de Pensões e Aposentadoria dos Servidores do Estado (IPASE) e professor do Colégio Pedro II, onde, em 1950, concorreu à cátedra de literatura com a tese A poética moderna. Como jornalista, foi redator dos jornais A Manhã eResistência e da revista PN, além de colaborador, durante muitos anos, do Correio da Manhã, todos do Rio de Janeiro, onde foi ainda redator e locutor das rádios Nacional e Cruzeiro do Sul. Como publicitário, foi chefe de redação da McCann Erickson Publicidade, tendo atuado também como chefe de vendas da empresa Listas Telefônicas Brasileiras (LTB).
No pleito de outubro de 1954 candidatou-se a uma cadeira na Câmara Municipal do Distrito Federal na legenda da União Democrática Nacional (UDN), obtendo a segunda suplência. Em outubro de 1958 disputou um mandato de deputado federal pelo Distrito Federal na legenda do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e, mais uma vez, conquistou apenas uma suplência.
Após o movimento político-militar de 31 de março de 1964 que depôs o presidente João Goulart (1961-1964) e com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a conseqüente implantação do bipartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar, legenda na qual se elegeu em novembro de 1970 deputado federal pelo estado da Guanabara. Empossado em fevereiro do ano seguinte, foi eleito vice-líder do partido na Câmara dos Deputados, condição à qual seria reconduzido em 1972 e em 1973. Logo no início da legislatura, apresentou, em abril de 1971, um projeto estabelecendo que os cidadãos atingidos pelos atos institucionais — decretados após a deposição do presidente João Goulart — fossem autorizados a solicitar dos poderes públicos a instauração de processos regulares ou a revisão dos processos a que estavam submetidos. Considerado inconstitucional, o projeto foi arquivado. Designado em 1971 vice-presidente da Comissão Especial do Menor Abandonado, no ano seguinte apresentou novo projeto, dessa vez propondo a criação de uma comissão que procedesse à revisão da cassação de mandatos parlamentares e direitos políticos até ali executados. A proposição foi, contudo, arquivada antes mesmo de apreciada.
Identificado com o “grupo autêntico” do MDB, entrou em conflito com o governador carioca e líder regional emedebista Antônio Chagas Freitas durante a campanha eleitoral de 1974. Virtualmente impedido com Lisânias Maciel e Edson Khair de usar o horário do partido na televisão, precisou recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que garantiu seu acesso ao programa. Realizado o pleito em novembro de 1974, obteve a reeleição. Durante essa legislatura exerceu as funções de vice-presidente da Comissão de Comunicações, de suplente das comissões de Segurança Nacional e de Educação e Cultura, e de relator parcial da comissão especial sobre redivisão territorial e política demográfica da Câmara dos Deputados. Reeleito em novembro de 1978, com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979, e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Nessa legislatura voltou a integrar a Comissão de Comunicações, passando também a suplente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Reelegeu-se em novembro de 1982 na legenda do PDT, assumindo sua cadeira em fevereiro seguinte. Na sessão da Câmara de 25 de abril de 1984, votou a favor da emenda Dante de Oliveira que, se confirmada pelo plenário, restabeleceria as eleições diretas para presidente da República em novembro do mesmo ano. Como a emenda não obteve a votação necessária para ser enviada ao Senado, decidiu apoiar, no Colégio Eleitoral de 15 de janeiro de 1985, a candidatura presidencial do ex-governador de Minas Gerais Tancredo Neves, eleito pela coligação oposicionista Aliança Democrática, formada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e pela dissidência do Partido Democrático Social (PDS) reunida na Frente Liberal. Em 1986, J. G. de Araújo Jorge rompeu com o PDT e retornou ao PMDB, não conseguindo sua reeleição no pleito de novembro deste mesmo ano. Deixou a Câmara Federal em janeiro do ano seguinte, ao fim de seu mandato.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 27 de janeiro de 1987.
Era casado com Maria Sousa de Araújo Jorge, com quem teve dois filhos.
Além das obras citadas e de artigos na revista Letras Brasileiras, do Rio de Janeiro, publicou Poesia(1934), Bazar de ritmos (1935), Cântico dos cânticos (1937), Amo! (1938), Cântico do homem prisioneiro(cânticos, 1941), Um besouro contra a vidraça (romance, 1942), Canto da terra (1945), Estudo da terra(1946), Antologia da nova poesia brasileira (1948), Festa de imagens (1948), A outra face (1949), Brasil com letra maiúscula (1960), Os mais belos sonetos que o amor inspirou (v. 1, 1961), Cantiga do só (1963),Trovadores brasileiros (1964), Trevos de quatro versos (trovas, 1964), Cantigas de menino grande (1965),Quatro damas (1965), Concerto a quatro mãos (em colaboração com Maria Helena, 1966), Mensagem(1966), Os mais belos sonetos que o amor inspirou (v. 2 e 3, 1966), De mãos dadas (1967), Canto a Friburgo(1967), Harpa submersa (1968), A sós (1969), Poemas do amor ardente (1969), Meus sonetos de amor (1969),O poder da flor (1969), No mundo da poesia (1970) e Espera (1971).
FONTES: CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1971-1975, 1975-1979 e 1979-1983); CÂM. DEP. Relação nominal; Estado de S. Paulo (6/3/76 e 28/1/87); Folha de S. Paulo (28/1/87); Globo(26/4/84, 16/1/85, 29/4/86, 28/1 e 2/2/87); Grande encic. Delta; Grande encic. portuguesa; Jornal do Brasil(28/1/87); MENESES, R. Dic.; NÉRI, S. 16; Perfil (1972 e 1980); ROQUE, C. Grande; SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (3); Veja (4/2/87).
FONTE: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jorge-jg-de-araujo
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J. G. de Araújo Jorge
Apesar de ter publicado mais de três dezenas de obras e do êxito editorial de quase todos os seus livros, Araújo Jorge nunca foi reconhecido pela crítica literária. Raramente os grandes jornais publicavam alguma apreciação sobre seu trabalho, o que ele chamava de "conspiração do silêncio". O fato é que J.G. foi um dos poetas mais populares que o Brasil já teve e o único que vendeu mais de um milhão de livros. Entre as décadas de 60 a 80, os versos de J.G. estavam nos cadernos de poesia dos jovens, eram declamados em festas e recitais e difundidos em programas radiofônicos, jornais e revistas de todo o País.
Sua poesia está viva até hoje, emocionando os corações enamorados e traduzindo seus desejos, angústias e esperanças.
Ele se orgulhava de ser um homem que vivia intensamente. Foi professor, jornalista e publicitário de sucesso. Na época ficou muito conhecido por seus jingles, que garantiam sucesso a qualquer produto que anunciavam. Um deles é lembrado até hoje: "Isso faz um bem", da Coca-Cola.
J.G. dizia que é possível aprender a fazer versos, mas nunca a ser poeta. "Poesia não é só construção. Senão, poderíamos abrir uma escola para poetas, como há uma escola de Engenharia ou de Direito. Quanto a mim, já respondi: Eu faço versos assim/ como quem respira e canta/ a poesia nasce em mim/ como do chão nasce a planta"
Ele também dizia: "O poeta é um tradutor de realidades subjetivas. Um transfigurador. Um mergulhador dos mares do espírito. O poeta é um prestidigitador ─ faz mágica com a vida. Transforma água em vinho, para a embriaguez da beleza. A poesia é criada pelo pensamento, mas seu material é o sentimento. Cobaia de si mesmos, os poetas, em experiências e pesquisas constantes, revelam a vida, são apenas homens que nasceram poetas. O poeta é como um alpinista, que já nasceu trazendo em si mesmo os instrumentos e apetrechos para poder realizar escaladas."
Fonte: http://www.avozdapoesia.com.br/autores.php?poeta_id=270
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J.G. de Araújo Jorge
Estudou nos colégios Anglo-Brasileiro, Anglo-Americano e Pedro II, todos no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, diplomado em 1932, em ciências e letras. Ainda ginasiano iniciou sua carreira literária com Meu céu interior (poesia), que recebeu menção honrosa da Academia Brasileira de Letras. Em 1934 viajou à Alemanha, onde fez um curso de extensão cultural no Deutsche Institut Für Auslaender na Universidade de Berlim. Nesse mesmo ano esteve em Portugal, a convite do governo deste país, como integrante da Embaixada Universitária Osvaldo Aranha e, em 1936, na Argentina, por ocasião da inauguração do monumento ao presidente Saens Peña, como membro da Embaixada Presidente Justo. No ano seguinte bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil.
Após a extinção do Estado Novo (1937-1945), concorreu em dezembro de 1945 a um mandato de deputado pelo Distrito Federal à Assembléia Nacional Constituinte na legenda do Partido Republicano (PR), obtendo, porém, apenas uma suplência. No ano seguinte teve seu livro Eterno motivo contemplado com o Prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras.
Técnico educacional do Ministério da Educação e Cultura, foi também orientador do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Nova Friburgo (RJ), funcionário do Instituto de Pensões e Aposentadoria dos Servidores do Estado (IPASE) e professor do Colégio Pedro II, onde, em 1950, concorreu à cátedra de literatura com a tese A poética moderna. Como jornalista, foi redator dos jornais A Manhã eResistência e da revista PN, além de colaborador, durante muitos anos, do Correio da Manhã, todos do Rio de Janeiro, onde foi ainda redator e locutor das rádios Nacional e Cruzeiro do Sul. Como publicitário, foi chefe de redação da McCann Erickson Publicidade, tendo atuado também como chefe de vendas da empresa Listas Telefônicas Brasileiras (LTB).
No pleito de outubro de 1954 candidatou-se a uma cadeira na Câmara Municipal do Distrito Federal na legenda da União Democrática Nacional (UDN), obtendo a segunda suplência. Em outubro de 1958 disputou um mandato de deputado federal pelo Distrito Federal na legenda do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e, mais uma vez, conquistou apenas uma suplência.
Após o movimento político-militar de 31 de março de 1964 que depôs o presidente João Goulart (1961-1964) e com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a conseqüente implantação do bipartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar, legenda na qual se elegeu em novembro de 1970 deputado federal pelo estado da Guanabara. Empossado em fevereiro do ano seguinte, foi eleito vice-líder do partido na Câmara dos Deputados, condição à qual seria reconduzido em 1972 e em 1973. Logo no início da legislatura, apresentou, em abril de 1971, um projeto estabelecendo que os cidadãos atingidos pelos atos institucionais — decretados após a deposição do presidente João Goulart — fossem autorizados a solicitar dos poderes públicos a instauração de processos regulares ou a revisão dos processos a que estavam submetidos. Considerado inconstitucional, o projeto foi arquivado. Designado em 1971 vice-presidente da Comissão Especial do Menor Abandonado, no ano seguinte apresentou novo projeto, dessa vez propondo a criação de uma comissão que procedesse à revisão da cassação de mandatos parlamentares e direitos políticos até ali executados. A proposição foi, contudo, arquivada antes mesmo de apreciada.
Identificado com o “grupo autêntico” do MDB, entrou em conflito com o governador carioca e líder regional emedebista Antônio Chagas Freitas durante a campanha eleitoral de 1974. Virtualmente impedido com Lisânias Maciel e Edson Khair de usar o horário do partido na televisão, precisou recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que garantiu seu acesso ao programa. Realizado o pleito em novembro de 1974, obteve a reeleição. Durante essa legislatura exerceu as funções de vice-presidente da Comissão de Comunicações, de suplente das comissões de Segurança Nacional e de Educação e Cultura, e de relator parcial da comissão especial sobre redivisão territorial e política demográfica da Câmara dos Deputados. Reeleito em novembro de 1978, com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979, e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Nessa legislatura voltou a integrar a Comissão de Comunicações, passando também a suplente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Reelegeu-se em novembro de 1982 na legenda do PDT, assumindo sua cadeira em fevereiro seguinte. Na sessão da Câmara de 25 de abril de 1984, votou a favor da emenda Dante de Oliveira que, se confirmada pelo plenário, restabeleceria as eleições diretas para presidente da República em novembro do mesmo ano. Como a emenda não obteve a votação necessária para ser enviada ao Senado, decidiu apoiar, no Colégio Eleitoral de 15 de janeiro de 1985, a candidatura presidencial do ex-governador de Minas Gerais Tancredo Neves, eleito pela coligação oposicionista Aliança Democrática, formada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e pela dissidência do Partido Democrático Social (PDS) reunida na Frente Liberal. Em 1986, J. G. de Araújo Jorge rompeu com o PDT e retornou ao PMDB, não conseguindo sua reeleição no pleito de novembro deste mesmo ano. Deixou a Câmara Federal em janeiro do ano seguinte, ao fim de seu mandato.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 27 de janeiro de 1987.
Era casado com Maria Sousa de Araújo Jorge, com quem teve dois filhos.
Além das obras citadas e de artigos na revista Letras Brasileiras, do Rio de Janeiro, publicou Poesia(1934), Bazar de ritmos (1935), Cântico dos cânticos (1937), Amo! (1938), Cântico do homem prisioneiro(cânticos, 1941), Um besouro contra a vidraça (romance, 1942), Canto da terra (1945), Estudo da terra(1946), Antologia da nova poesia brasileira (1948), Festa de imagens (1948), A outra face (1949), Brasil com letra maiúscula (1960), Os mais belos sonetos que o amor inspirou (v. 1, 1961), Cantiga do só (1963),Trovadores brasileiros (1964), Trevos de quatro versos (trovas, 1964), Cantigas de menino grande (1965),Quatro damas (1965), Concerto a quatro mãos (em colaboração com Maria Helena, 1966), Mensagem(1966), Os mais belos sonetos que o amor inspirou (v. 2 e 3, 1966), De mãos dadas (1967), Canto a Friburgo(1967), Harpa submersa (1968), A sós (1969), Poemas do amor ardente (1969), Meus sonetos de amor (1969),O poder da flor (1969), No mundo da poesia (1970) e Espera (1971).
FONTES: CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1971-1975, 1975-1979 e 1979-1983); CÂM. DEP. Relação nominal; Estado de S. Paulo (6/3/76 e 28/1/87); Folha de S. Paulo (28/1/87); Globo(26/4/84, 16/1/85, 29/4/86, 28/1 e 2/2/87); Grande encic. Delta; Grande encic. portuguesa; Jornal do Brasil(28/1/87); MENESES, R. Dic.; NÉRI, S. 16; Perfil (1972 e 1980); ROQUE, C. Grande; SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (3); Veja (4/2/87).
FONTE: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jorge-jg-de-araujo
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Cântico dos Cânticos, 1937
Cântico Do Homem Prisioneiro!, 1941, a 2 ed. e publicada em 1949 somente com o título Cânticos e a 3 ed. 1955, 4 ed. 1962, 5 ed. 1963
Cântico Do Homem Prisioneiro!, 1941, a 2 ed. e publicada em 1949 somente com o título Cânticos e a 3 ed. 1955, 4 ed. 1962, 5 ed. 1963
Canticos. 4 ed. Vecchi. 1962. 232 p.
_________________________________________
Amo!, 1938
1 ed. 1938, 2 ed. 1944, 3 ed. 1945, 4 ed. 1949, 5 ed, 1952, 6 ed. 1954, 7 ed. 1956, 8 ed. 1959, 9 ed. 1961; 10 ed. x, 11 ed. 1965
3 ed. 1945. Editora Vecchi
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Poesias - Coletâneas, 1939 (Edição especial)
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Eterno Motivo, 1943 (Prêmio Raul de Leôncio), 2 ed. 1945, 3 ed. 1951, 4 ed. 1954, 5 ed. 1957, 6 ed. 1961, 7 ed. 1964
3 ed. 1951. Editôra Vecchi
x ed. 19xx. Editora Vecchi.
5 ed. 1957. Editora Vecchi.
x ed. 19xx. Editora Vecchi.
_______________________________
O Canto da Terra, 1 ed. 1943, 2 ed. 1957, 3 ed. 1961/1965
Jorge, J. G. D. A. O canto da terra. Rio de Janeiro: Vecchi. 1 ed. 1943. 298 p.
Jorge, J. G. D. A. O canto da terra. Rio de Janeiro: Vecchi. 2 ed. 1957. 298 p.
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Estrela da Terra, 1 ed. 1947
J. G. de Araújo Jorge. Estrela da Terra. Capa e ilustrações Jan Zach. Edição do autor. Rio de Janeiro. 1947. 251 p.
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A outra face. 1 ed. 1950, 2 ed. 1952, 3 ed. 1954, 4 ed. 1956, 5 ed. 1961, 6 ed. 19xx, 7 ed. 1965
Adicionar legenda
Festa de Imagens, 1 ed. 1952, 2 ed. 1954, 3 ed. 1956, 4 ed. 1958, 5 ed. 1961 6 ed. 1963
Adicionar legenda
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Harpa Submersa, 1 ed. 1952, 2 ed. 1957, 3 ed. 1961, 4 ed. 1962, 5 ed. 1963, (6) ed. 1968, 6 ed. 1974 (Bloch editores)
Jorge, J. G. D. A. Harpa Submersa. Rio de Janeiro: Vecchi. 3 ed. 1961. 212 p.
Araújo Jorge, J. G. Harpa Submersa. Rio de Janeiro: Vecchi. 1957. 2 ed. 212 p
Araújo Jorge, J. G. Harpa Submersa. Rio de Janeiro: Vecchi. 19xx. 2 ed. 212 p
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A Sós, 1 ed. 1957, 2 ed. 19xx, 3 ed. 1961, 4 ed. 19xx, 5 ed. 1965
Adicionar legenda
Adicionar legenda
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Concêrto a 4 Mãos, 1 ed. 1959, em parceria com Maria Helena (poeta portuguesa). As edições posteriores o nome ficou Concêrto a quatro mãos (com o numero por extenso). 2 ed. 1962, 3 ed. 1966
Araújo Jorge, J. G. de e Helna, M. Concêrto a 4 mãos. Rio de Janeiro: Vecchi. 1 ed. 1959. 163 p.
Araújo Jorge, J. G. de e Helena, M. Concêrto a quatro mãos. Rio de Janeiro: Editora Vecchi. 2 ed. 1962. 171 p.
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De mãos dadas, 1961/1962 em parceira com Maria Helena, poeta portuguesa
Adicionar legenda
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Canto A Friburgo, 1961/1962 (Edição da Livraria Simões - Friburgo)
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Quatro Damas, 1ed. 1964, 2 ed.
Quatro Damas. 1 ed. 1964
Quatro damas. 2 ed. 1968
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Cantigas de Menino Grande. Volume 4 da Coleção Trovas e Trovadores. 100 Trovas, 1 ed. 1964, 2 ed. 1964
Cantigas de Menino Grande. J. G. de Araújo Jorge. 1964. Freitas Bastos.
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Trevos De Quatro Versos. Trovas, 1 ed. 1964
1 ed. 1964. Livraria São José. 165 p.
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O Poder da Flor, 1 ed. 1969
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ROMANCES - PROSA
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Um besouro contra a vidraça. Livraria José Olimpio. Rio de Janeiro. 1 ed. 1941, 2 ed. 19xx, 3 ed. 19xx, 4 ed. 1946, 5 ed. xx, 6 ed. 1959, 7 ed. 1963, 12 ed. 1983
Teve um edição de bolso com 50 mil exemplares.
Araújo Jorge, J. G. de Um besouro contra a vidraça. Rio de Janeiro: José Olympio. 1 ed. 1942. 316 p.
Brasil, Com Letra Minúscula- Romance , 1 ed. 1962
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Antologia Poética. 1978.
Adicionar legenda
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No Mundo da Poesia, Crônicas, 1969
1 ed. 1938, 2 ed. 1944, 3 ed. 1945, 4 ed. 1949, 5 ed, 1952, 6 ed. 1954, 7 ed. 1956, 8 ed. 1959, 9 ed. 1961; 10 ed. x, 11 ed. 1965
3 ed. 1945. Editora Vecchi |
3 ed. 1951. Editôra Vecchi |
x ed. 19xx. Editora Vecchi. |
5 ed. 1957. Editora Vecchi. |
x ed. 19xx. Editora Vecchi. |
Jorge, J. G. D. A. O canto da terra. Rio de Janeiro: Vecchi. 1 ed. 1943. 298 p. |
Jorge, J. G. D. A. O canto da terra. Rio de Janeiro: Vecchi. 2 ed. 1957. 298 p. |
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Estrela da Terra, 1 ed. 1947
J. G. de Araújo Jorge. Estrela da Terra. Capa e ilustrações Jan Zach. Edição do autor. Rio de Janeiro. 1947. 251 p. |
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Harpa Submersa, 1 ed. 1952, 2 ed. 1957, 3 ed. 1961, 4 ed. 1962, 5 ed. 1963, (6) ed. 1968, 6 ed. 1974 (Bloch editores)
Jorge, J. G. D. A. Harpa Submersa. Rio de Janeiro: Vecchi. 3 ed. 1961. 212 p. |
Araújo Jorge, J. G. Harpa Submersa. Rio de Janeiro: Vecchi. 1957. 2 ed. 212 p |
Araújo Jorge, J. G. Harpa Submersa. Rio de Janeiro: Vecchi. 19xx. 2 ed. 212 p |
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A Sós, 1 ed. 1957, 2 ed. 19xx, 3 ed. 1961, 4 ed. 19xx, 5 ed. 1965
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Araújo Jorge, J. G. de e Helna, M. Concêrto a 4 mãos. Rio de Janeiro: Vecchi. 1 ed. 1959. 163 p. |
Araújo Jorge, J. G. de e Helena, M. Concêrto a quatro mãos. Rio de Janeiro: Editora Vecchi. 2 ed. 1962. 171 p. |
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De mãos dadas, 1961/1962 em parceira com Maria Helena, poeta portuguesa
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Quatro Damas. 1 ed. 1964 |
Quatro damas. 2 ed. 1968 |
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Cantigas de Menino Grande. Volume 4 da Coleção Trovas e Trovadores. 100 Trovas, 1 ed. 1964, 2 ed. 1964
Cantigas de Menino Grande. J. G. de Araújo Jorge. 1964. Freitas Bastos. |
1 ed. 1964. Livraria São José. 165 p. |
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ROMANCES - PROSA
_______________________________________--Teve um edição de bolso com 50 mil exemplares.
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Antologia Poética. 1978.
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