domingo, 15 de dezembro de 2013

Os livros mais caros escritos em português - Edições de Portugal


Os livros mais raros e caros  escritos em português. A exceção dos incunábulos (livros impressos até 1500). Os Lusíadas de Luis de Camões publicado em 1572 é o livro mais raro e valioso na escrito em português.

Luis de Camões. Os Lusiadas. 1 ed. 1572.


Conhecem-se cerca de 30 exemplares, espalhados por oito países, das várias tiragens e estados da impressão de 1572 dos Lusiadas de Luís de Camões. A chamada "edição Ee" ou A, com o pelicano da portada virado à esquerda do leitor. Um edição desta se aparecer no mercado certamente encontraria compradores dispostos a pagar milhões.



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Fernando Pessoa. Parceria com Antônio Maria Perreira. Lisboa.  1 ed.1934





Dentre as edições modernas das edições em português se destaca a primeira edição do livro  Mensagem de Fernando Pessoa. 

Mensagem é o mais célebre dos livros do poeta português Fernando Pessoa, e o único que ele publicou em vida, se descontarmos os livros de poemas em inglês. Composto por 44 poemas, foi chamado pelo poeta de “livro pequeno de poemas”. Publicado em 1934 pela Parceria Antônio Maria Pereira, o livro foi contemplado no mesmo ano com o Prêmio Antero de Quental.



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Palácio do Correio Velho realiza hoje e na próxima segunda-feira um leilão de livros que pode interessar aos coleccionadores e investidores.

Fonte:  http://economico.sapo.pt/noticias/investir-em-livros-raros-pode-render-ate-75-ao-ano_105352.html


E se em vez de comprar acções comprasse livros? A ideia pode parecer absurda, mas já existem muitos coleccionadores de livros em Portugal que aliam o útil ao agradável: compram livros, não só pelo prazer de os ler, mas também com a preocupação de valorizarem as suas colecções. Por exemplo: se for a uma livraria comum e comprar "A mensagem" de Fernando Pessoa esta obra irá custar-lhe um valor que rondará os 4 euros. No entanto, na próxima 2ª feira, vai ser leiloado, no Palácio do Correio Velho, um exemplar raro de "A Mensagem" com uma dedicatória de Fernando Pessoa a Carlos Lobo de Oliveira, um escritor amigo de Pessoa. Este livro poderá ser arrematado por 5.000 euros.
Os números mostram que os livros não são apenas folhas de papel e podem funcionar também como um investimento alternativo. Segundo estimativas gerais de Isabel Maiorca, responsável pela área de livros do Palácio do Correio Velho, os livros bons e raros podem registar uma valorização média anual entre os 5% e os 7,5%. Os interessados nesta forma alternativa de investimento têm entre hoje e 2ª feira uma oportunidade para ir à compras, já que o Palácio do Correio Velho está a realizar um leilão de livros.
Mas nem todas as obras são sinónimo de bom investimento. Pedro Teixeira da Mota, colaborador do Palácio Correio Velho, explica quais são as últimas tendências que têm sido procuradas pelos coleccionadores. "Os livros de viagens antigos, com gravuras que mostram, por exemplo, as primeiras viagens dos portugueses à Índia e a África são muito valorizados e disputados". O mesmo acontece com os livros quinhentistas de autores portugueses e que abordavam temas científicos. Mas nem só de livros antigos se faz um bom investimento. O colaborador do Palácio do Correio Velho realça também as obras de escritores modernistas portugueses, como Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Mário de Sá Carneiro e Mário Cesariny como exemplos de autores muito procurados pelos coleccionadores.
Tal como acontece noutras áreas, também nos livros existem algumas obras que são ambicionadas por todos os coleccionadores. Um dos tesouros mais desejados é um exemplar da primeira edição de "Os Lusíadas" - que tem a particularidade de ter a imagem do pelicano, que está no frontispício, voltado para a esquerda. É impossível saber qual seria o valor que esta obra poderia atingir se fosse colocada no mercado, mas Isabel Maiorca não se espantaria se atingisse um valor próximo dos 250 mil euros. Mas apesar de "Os Lusíadas" serem considerados uma espécie de Santo Graal dos livros portugueses, existem outras obras que pela sua raridade também poderiam atingir preços elevadíssimos se fossem colocadas no mercado. A especialista do Palácio do Correio Velho destaca dois exemplos: a primeira edição dos sonetos de Antero de Quental e a primeira edição de "Frei Luís de Sousa", de Almeida Garrett. Trata-se de duas obras das quais praticamente não se conhece a existência de exemplares.
Para os coleccionadores que queiram valorizar os seus livros, Pedro Teixeira da Mota deixa alguns conselhos, tais como: privilegiar os livros em bom estado de conservação, comprar sobretudo exemplares de primeiras edições e escolher um tema para a colecção que tenha potencial de valorização. Pedro Teixeira da Mota lembra que os livros franceses, por exemplo, devido à diminuição da procura nos últimos anos, têm enfrentado uma desvalorização de cotação.

Até 5.000€: "A Mensagem"
Uma das obras mais emblemáticas de Fernando Pessoa vai a leilão. Este exemplar tem a particularidade de ter uma dedicatória do autor. As estimativas da leiloeira apontam para que o livro seja arrematado por um preço que pode variar entre os 2.500 e os 5.000 euros.
Até 2.600€: Viagem de D. Filipe II a Portugal
O livro descreve a viagem da visita de Filipe II a Portugal. É valorizada sobretudo "pelos seus contributos para a iconografia e a história das festividades da época". Tem um preço estimado que oscilará entre os 1.300 e os 2.600 euros.
Até 3.000€: Livro de Horas
Segundo o Palácio do Correio Velho, "trata-se de um Livro de Horas Mariano, segundo o uso de Roma, tendo no verso da 1ª folha um calendário de 1516 a 1530 para a determinação do número áureo e dos dias pascais". Vai hoje a leilão. O preço pode atingir os 3.000 euros.

Cinco conselhos para investir em livros:
1 - Primeiras edições
Para quem queira comprar livros com a preocupação de valorizar o investimento deve optar pela compra de primeiras edições. O conselho é de Pedro Teixeira da Mota, colaborador do Palácio do Correio Velho para a área de livros. E avança com um exemplo: uma primeira edição de uma obra de Camilo Castelo Branco pode chegar a valer até 400 euros. Já uma segunda edição da mesma obra não vai além dos 20 euros.
2 - Estado de conservação
Como em todos os investimentos alternativos, sejam eles obras de arte, relógios ou moedas, também nos livros o estado de conservação é um factor importante para a sua valorização. Por isso é essencial que a obra esteja completa, sem páginas arrancadas sem manchas e que a encadernação seja a original.
3 - Dedicatórias do autor
Dedicatórias do autor e autógrafos também fazem subir o preço e o valor dos livros. Pedro Teixeira da Mota dá o exemplo de Fernando Pessoa: "Uma dedicatória deste escritor poderá ter uma influência de 500 a 700 euros na cotação de uma primeira edição de um dos seus livros".
4 - Encardernação
As encadernações são outro dos factores a ter em conta. "Há livros que valem sobretudo pela riqueza das suas encadernações, mais do que pelo conteúdo do próprio livro", garante o colaborador do Palácio do Correio Velho. Isso torna-se sobretudo visível nos livros antigos com encadernações trabalhadas e/ou feitas a ouro.
5 - Raridade
O mercado dos livros não escapa à lei dos mercados e da procura e da oferta. Quanto menor for a oferta e maior for a procura de um determinado livro, maior a sua cotação. Ou seja, os livros dos quais se conhecem poucos exemplares, podem atingir preços astronómicos. É o caso de uma primeira edição de "Os Lusíadas", que pela sua raridade pode atingir os 250 mil euros.









sábado, 7 de dezembro de 2013

Recorde de preço num livro: O livro de Salmos - Bay Psalm Book foi vendido por mais de 14 milhôes de dolares !





Na noite do dia 26 de novembro de 2013 na casa de leilões  Sotheby's New York, o milionario  David Rubenstein pagou  $14.165.000 por uma das 11 copias conhecidas do primeiro livro impresso na América  Bay Psalm Book


O Livro de Salmos  - Bay Psalm Book - 1640
Esta copia do Bay Psalm Book não aparecia em leilões desde Janeiro de 1947 e provavelmente a ultima que foi a leilão. A copia foi consignada  No copy of the Bay Psalm Book pela  Boston's Old South Church que tinha duas copias do livro.



Este leilão bateu o recorde anterior em valor de um livro impresso que pertencia a uma copia de John James Audubon’s Birds of America vendida por  $11.542.683,00 em Dezembro de 2010.



John James Audubon’s Birds of America


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Lilly Library Director Joel Silver  escreveu um texto sobre este livro

Bay Psalm Book  - A Bíblia de Gutenberg da América


It’s not a beautiful book, except to those who recognize it and understand its importance. It’s been called “The Gutenberg Bible of America,” but its small size and drab appearance bear little physical resemblance to the rubricated and decorated double-column leaves of the Gutenberg Bible. But The Whole Booke of Psalmes Faithfully Translated into English Metre, more commonly known as the Bay Psalm Book, survives in far fewer copies than does the Gutenberg Bible, and it’s much rarer on the market than its earlier counterpart. While three copies of the Gutenberg Bible were available for sale as recently as the late 1970s, the Bay Psalm Book hasn’t appeared at auction since 1947, when it brought the unexpectedly high price of $151,000. For comparison, the Shuckburgh copy of the Gutenberg Bible was sold by the Scribner Book Store to Arthur A. Houghton for $200,000 in 1953, and in 1978, this copy was sold by H. P. Kraus to the Gutenberg Museum in Mainz for DM 3,700,000 (approximately $1.84 million). Though there are more than fifty copies of the Gutenberg Bible that are known to exist, there are only eleven known copies of the Bay Psalm Book that survive, and all of them are in institutional collections, with no copies remaining in private hands. Since 1947, the Bay Psalm Book has been thought of as a landmark book that was once available to a few fortunate collectors of the past, but one that was denied to any modern-day Henry E. Huntington who might have dreamed of owning a copy.
Until now. In a highly publicized and somewhat controversial vote of its members, the Old South Church of Boston, the owner of two copies of the Bay Psalm Book, voted in December 2012 to sell one. It’s expected that sometime this year, this copy, which, like the Old South Church’s other copy of the book, has been kept at the Boston Public Library, will be sold at auction to the highest bidder. Estimates of the anticipated sale price will range widely in the many millions of dollars, but like all sales of antiques and works of art, the final price will depend on the state of the financial markets around the time of the auction, and the level of interest and persistence among the wealthy buyers who will compete with each other for the book.
Unless it’s been stolen, it’s unusual for a rare book to be the subject of newspaper headlines, and until last December, the Bay Psalm Book ranked near the bottom of the list of publicly recognized book rarities, well behind the Gutenberg Bible, the Shakespeare First Folio, Audubon’s Birds of America, and Jane Austen’s Pride and Prejudice. But since it’s the first substantial product of the printing press in what is now the United States, as w'ell as a book that hasn’t appeared on the market during the collecting lives of nearly all present-day bibliophiles, there have been predictions that the book may bring as much as $20 million, which will far exceed the present record for printed books of approximately $11.5 million, which was paid in December 2010 for The Birds of America.
The Bay Psalm Book, printed in Cambridge, Massachusetts, by Stephen Daye in 1640, was the first book printed by the newly established Cambridge press. It was probably preceded by a small single-sheet production known as The Oath of a Freeman, of which no copy is extant. The Oath has also been the subject of a great deal of discussion, due to its forgery in the 1980s by Mark Hofmann of Salt Lake City, who produced printed copies of The Oath, one of which was offered to the American Antiquarian Society and the Library of Congress. Hofmann, who had also manufactured and sold a large number of manuscript forgeries, was heavily in debt, and the pressure of his financial affairs led him to commit two murders, before he was seriously injured himself by a bomb that he had constructed. In his forgery of The Oath, Hofmann made use of the ornaments and some of the typography of the Bay Psalm Book, and the close examination of Hofmann’s production, and its typographical inconsistencies, contributed to examiners’ conclusions that The Oath was a modern fabrication rather than a seventeenth-century original.
The forthcoming sale of the Bay Psalm Book will be an event long remembered in the world of rare books, just as its 1947 sale showed what can happen when a book that has an attraction to those who aren’t bibliophiles is sold at a public auction. In the 1947 auction, competition from a non-collector, Cornelius Vanderbilt Whitney, pushed the sale price to the unexpected level of $151,000. The volume was purchased by The Rosenbach Company on behalf of Yale University, but the hammer price far exceeded the commission bid that Yale and its benefactors had given Rosenbach, and in the complications surrounding the aftermath of the sale, the Bay Psalm Book made its way to Yale only after a sizeable contribution on the part of The Rosenbach Company.
Auction outcomes are difficult to predict, and the pre-sale publicity helped drive the 1947 sale price far above the $40,000–80,000 that had been expected. The opposite has also been true, as was the case in the auction at Sotheby’s in January 1855 of a portion of William Pickering’s stock. In that sale, a copy of the Bay Psalm Book went unrecognized by the auctioneers, but it was spotted amongst a group lot of books of Psalms by the flamboyant American bookseller Henry Stevens, G.M.B. (“Green Mountain Boy”). As Stevens reported, after the lot was knocked down to him for nineteen shillings, other booksellers wanted to know what he had spotted, and why he had paid so much for the lot. Stevens answered, “Oh nothing, … but the first English book printed in America.” No one knows what the sale price of the Old South Church copy of the Bay Psalm Book will be, but the book won’t go unrecognized this time, and it’s certain to bring considerably more than nineteen shillings. And if the sale price is anything close to some of the current predictions, on that day, at least, the Bay Psalm Book will be the most famous book in the world.
Further Reading and Browsing A great deal has been written about the Bay Psalm Book, and much more will be written as its sale approaches. Jeremy Dibbell contributed a post to the Fine Books Blog about the Old South Church’s vote to sell the book, which links to an earlier posting on his own blog, PhiloBiblos, which contains a census of surviving copies of the Bay Psalm Book. The PhiloBiblos posting also provides references to some of the important literature about the Bay Psalm Book, including a 1903 facsimile, with a census and commentary by Wilberforce Eames (New York: Dodd Mead), and a link to an important article by Nathaniel Shurtleff and Bradford F. Swan, “Some Thoughts on the Bay Psalm Book of 1640: With a Census of Copies” (Yale University Library Gazette, vol. 22, no. 3, January 1948, pp. 51–76). Also well worth consulting is Zoltán Haraszti’s The Enigma of the Bay Psalm Book (Chicago: University of Chicago Press, 1956), which was published to accompany a Bay Psalm Book facsimile of the same year. Finally, George Parker Winship’s The Cambridge Press, 1638–1692 (Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1945), provides a very interesting and readable history of seventeenth-century printing in Cambridge.