Betty Jane Meggers (Washington, DC, 5 de dezembro de 1921 - 2012) foi uma arqueóloga dos Estados Unidos da América, especializada em cultura pré-colombiana.
Pesquisou nas áreas de arqueologia pré-histórica no Equador e no Brasil, principalmente nas áreas da Bacia Amazônica e do estuário, em especial na Ilha de Marajó, no Pará. As idéias propostas por Betty Meggers, continuam vigentes até os dias de hoje. Grande parte dos arqueólogos que trabalham nas regiões da Amazônia, se baseiam em suas teorias de adaptação humana na floresta tropical e expansão dos povos. Betty Meggers acreditava que nenhuma população pré-histórica conseguiria manter grandes sociedades na floresta amazônica, devido a pobreza dos solos e a escassa quantidade de recursos. Sociedades como as encontradas na Ilha de Marajó seriam uma consequência de migrações andinas ou circum-caribenhas e, ao chegar em áreas de floresta amazônica, teriam "involuído" e entrado em decadência. Uma outra grande contribuição é sobre as migrações dos povos falantes do tronco linguístico Tupi. Ela associa que os grupos ceramistas pré-históricos fabricantes de uma cerâmica da Tradição Polícroma da Amazônia estariam relacionados aos povos falantes do tronco Tupi, mais especificamente da região de Rondônia entre o rio Madeira e o rio Guaporé .
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Pesquisou nas áreas de arqueologia pré-histórica no Equador e no Brasil, principalmente nas áreas da Bacia Amazônica e do estuário, em especial na Ilha de Marajó, no Pará. As idéias propostas por Betty Meggers, continuam vigentes até os dias de hoje. Grande parte dos arqueólogos que trabalham nas regiões da Amazônia, se baseiam em suas teorias de adaptação humana na floresta tropical e expansão dos povos. Betty Meggers acreditava que nenhuma população pré-histórica conseguiria manter grandes sociedades na floresta amazônica, devido a pobreza dos solos e a escassa quantidade de recursos. Sociedades como as encontradas na Ilha de Marajó seriam uma consequência de migrações andinas ou circum-caribenhas e, ao chegar em áreas de floresta amazônica, teriam "involuído" e entrado em decadência. Uma outra grande contribuição é sobre as migrações dos povos falantes do tronco linguístico Tupi. Ela associa que os grupos ceramistas pré-históricos fabricantes de uma cerâmica da Tradição Polícroma da Amazônia estariam relacionados aos povos falantes do tronco Tupi, mais especificamente da região de Rondônia entre o rio Madeira e o rio Guaporé .
Betty Meggers
procura recriar o ambiente amazônico, no livro Amazônia a ilusão do Paraiso, levando o leitor a perceber os conteúdos edênicos e deletérios que lhe vêm sendo atribuídos há séculos. Analisa então a exploração predatória de recursos naturais por parte do civilizado, que vem exaurindo o grande rio e seus afluentes. Na profusão de dados coligidos por Meggers, permite-se a visualização dos danos irreparáveis que o modo de exploração vigente na Amazônia está causando ao País. Betty Meggers procura recriar o ambiente amazônico, levando o leitor a perceber os conteúdos edênicos e deletérios que lhe vêm sendo atribuídos há séculos. Analisa então a exploração predatória de recursos naturais por parte do civilizado, que vem exaurindo o grande rio e seus afluentes. Na profusão de dados coligidos por Meggers, permite-se a visualização dos danos irreparáveis que o modo de exploração vigente na Amazônia está causando ao País
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Amazonia in this revised new edition includes recent biological and climatic data. Ethnographic and archaeological evidence reemphasize the complexity of the ecosystem and broaden our understanding of past and present sophisticated adaptations among indigenous groups.
Review
Amazonia provides the most comprehensive anthropological discussion so far of the Amazon basin as a human habitat. . . . This book specifies variables influencing cultural adaptation in the Amazon basin and presents a set of general principles constituting a theory of cultural evolution. In two descriptive sections of the book, Meggers analyzes the selective pressures in two distinct geographical zones: the terra firme or unflooded land, and the várzea or periodic floodplain. (Ellen B. Bass Science )Meggers has marshalled an impressive argument on the ecological imperatives of a truly unique Amazonia. . . . We are given a well-written and quite thorough description of the physical features of the two zones and a series of ethnographic vignettes to illustrate the action of cultural adaptation. (Man )
An excellent, concise statement of the facts of the ecology of humid tropical lowlands, systematic descriptions of a number of widely spread Amazonian cultures, and a skillful integration of these two bodies of knowledge. The result is a demonstration that cultures are as surely subject to and molded by natural selection and environmental characteristics as are species of plants and animals. . . . Amazonia will inevitably be a basic text for the field of tropical ecology. (F. R. Fosberg Ecology )
Amazônia, a Ilusão de um Paraíso, Ed. Civilização Brasileira. 1977. p. 207. ISBN 8531906059 |
- Amazônia, a Ilusão de um Paraíso, Ed. Itatiaia. 1987. p. 246. ISBN
EDIÇÃO EM ESPANHOL
Amazonia. Hombre y cultura en un paraiso ilusorio.
Siglo XXI Editores Mexico. 1976. 264 p.Todos hablamos de la Amazonia, pero muy poco es lo que sabemos de ella. La antropologa estadunidense Betty J. Meggers nos brinda ese conocimiento a traves de este libro sabio, bello, sentido y solidario, como dice Darcy Ribeiro en su presentacion. No solo es una descripcion de los dos grandes ecosistemas que la constituyen y de los pueblos que la habitan, sino tambien un balance pavoroso de su paulatina destruccion a manos de las empresas supuestamente civilizatorias. Numerosas fotografias y mapas.