domingo, 9 de dezembro de 2012

AMAZÔNIA UM POUCO ANTES E ALÉM DEPOIS - Samuel Benchimol - Serie Livros sobre a Amazônia

Amazônia

Série livros sobre a Amazônia - AMAZÔNIA MISTERIOSA - Gastão Cruls

Gastão Cruls (Rio de Janeiro, 4 de maio de 1888 — ibid., 7 de junho de 1959). Médico sanitarista, escritor, um dos fundadores da Editora Ariel.

Era filho do astrônomo belga, Luís Cruls (1848-1908), autor de Planalto Central do Brasil, amigo de Joaquim Nabuco, que o introduziu na sociedade carioca onde se tornou funcionário público e diretor do Observatório Astronômico do Morro do Castelo.  

Cursou os estudos primários no Colégio Rush, juntamente com seu irmão Otávio precocemente falecido.

A família Cruls mudou-se para Petrópolis, onde estudou no Ginásio Fluminense de 1899 a 1902. Com rápida passagem pelo Colégio São Vicente de Paulo, também em Petrópolis, conclui o ginásio no Colégio Pedro II na cidade do Rio de Janeiro. Ingressa na Faculdade de Medicina em Rio de Janeiro em 2005, formando se em 1910, tendo se especializado em medicina sanitária.

Nos anos de 1914 ou 1915 publica sob o pseudônimo de Sérgio Espínola seus primeiros contos. Seu livro de estréia Coivara foi lançado em 1920 pelo editor Castilho - Rio de Janeiro. 


Coivara. Livraria Castilho: Rio de Janeiro. 1 ed. 1920

Não era frequentador do círculos literários, somente um escritor era do seu circulo da amizade - Alberto Rangel - autor do Inferno Verde. Antônio Torres foi quem o introduziu nos grupos literários que se reunia no Bar Nacional e da qual fazia parte Gilberto Amado. Seu segundo livro, também de contos, Ao embalo da rede,  é publicado 1923, relata as cenas que vivera na Paraíba, como membro da Comissão de Saneamento Rural. 


Ao Embalo da Rêde.  Livraria Castilho: Rio de Janeiro. 1930. 215 p.

O romance A Amazônia Misteriosa, é publicado em 1925, foi escrito baseando apenas em vasta bibliografia lida por Cruls sobre a região, a qual é citada no livro. O enredo do romance também foi inspirado no livro  de H. G. Wells  - The island of Dr. Moreau (Heinemann, 1896) a A Ilha do Dr. Moreau), é importante marco para a literatura de ficção científica do Brasil, ganhou uma adaptação para histórias em quadrinhos e foi transformado em filme em 2005, com o título de Um Lobisomem na Amazônia.


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Wells, H. G. The Island of Dr. Moreau. 1 ed. Heinemann. 1896. 

Como funcionário do Serviço de Saneamento Rural, participou em 1928, da expedição do General Rondon no limites do Brasil com a Guiana Holandesa, que resultou no livro A Amazônia que eu vi: Óbidos-Tumucumaque, publicado em 1930.

Amazonia que eu vi: Óbidos-Tumucumaque. Companhia Editora Nacional: Rio de Janeiro.1930. 362 p.
De 1931 a 1938, Gastão Cruls dirigiu o Boletim de Ariel, revista bibliográfica que teve como redador-chefe Agrippino Grieco.


Boletim de Ariel



Gastão Cruls também publicou os romances Elsa e Helena, publicado em 1927; A criação e o Criador, em 1928. 

Elsa e Helena. Livraria Castilho: Rio de Janeiro. 1927.


Publicou em 1934 o romance Vertigem, em 1938 o livro de contos História puxa história, e em 1944 publica o livro: Hiléia Amazônica.

Vertigem. Ariel: Rio de Janeiro. 1 ed. 1934



Em 1947, com o trabalho histórico a Aparência do Rio de Janeiro, conquistou o Prêmio Vieira Fazenda. Deixou o cargo de médico sanitarista do Ministério da Educação e Saúde em 1939, quando foi nomeado Chefe da Divisão de Bibliotecas e Cinema Educativo da Prefeitura do Distrito Federal (Rio de Janeiro).













Os últimos livros publicados foram Antônio Torres e seus amigos, em  1950 e o romance De pai a filho de 1954, que obteve o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, instituído pelo Pen Clube do Brasil. Deixou inacabados, Angra e Gloria este último que teria por cenário também a Amazônia. 














Era também tradutor, entre outros, do livro Ciúme (francês) de René-Albert Guzman - Ariel em 1932, 

Ciúme - René-albert Guzman - Traça Livraria e Sebo
Ciúme. René-Albert Guzman. Ariel. 1932. Trad. Gastão Crulz


A caminho da forca, de T.S. Matthews (Ariel, 1933, 180 p.) 


A caminho da forca. T. S. Matthews. Editora Ariel, 1933,  180 p. Trad. Gastão Cruls


Minha vida. Isadora Duncan. José Olympio, 1938. Trad. Gastão Crulz

Nijinsky, de Romola Nijinsky (Livraria José Olympio Editora - 1940 - 354 p)

research | vitruvius
Nijinsky.  Romola Nijinsky. Livraria José Olympio. 1940. 354 p. Trad. Gastão Crulz


Luxúria (Belle de Jour), de J. Kessel (Ariel, 1934, 229 p.) 


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As grandes expedições cientificas do século XX, de Charles Key.


As grandes expedições cientificas do século XX. Charles Key. Jose Olympio. Trad. Gastão Cruls. 



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A AMAZONIA MYSTERIOSA

Gastão Crulz. Amazonia mysteriosa. Livraria Castilho. Rio de Janeiro. 1 ed. 1925. 345 p
Gastão Crulz. Amazonia mysteriosa. Livraria Castilho. Rio de Janeiro. 2 ed. 1926. 345 p. (Esta edição saiu com a capa datada de 1925 da primeira edição


Gastão Crulz. Amazônia mysteriosa. Companhia Editora Nacional. São Paulo. 3 ed. 1929. 320 p.
Gastão Crulz. Amazônia mysteriosa. Editora Ariel. Rio de Janeiro. 4 ed. 1939. 306 p.


Gastão Crulz. Amazônia misteriosa. Zélio Valverde. Rio de Janeiro. 5 ed. 1944. 300 p



Gastão Crulz. Amazônia misteriosa. Livraria Simões. Rio de Janeiro. 6 ed. 1953. 232 p

Gastão Crulz. Amazônia misteriosa. Livraria Saraiva. São Paulo. Coleção Saraiva, v. 115. 7 ed. 1957. 240 p


Gastão Crulz. Amazônia misteriosa. Livraria Jose Olympio. Coleção Sagarana, v. 95. Rio de Janeiro. 9 ed. Prefácio de Arthur Ferreira Reis. 1973. 175 p





EDIÇÕES CONJUNTAS

Gastão Crulz. Amazônia misteriosa / Elza e Helena / A criação e o criador / Vertigem. Livraria José Olympio. 1958. 569 p


EDIÇÕES EM QUADRINHOS

Gastão Crulz. Amazônia misteriosa. Ebal. Clássicos Ilustrados, v.3. Rio de Janeiro. 1965. 88 p



SINOPSE DO LIVRO:
Assim como ocorreu na Europa, as grandes questões dos períodos do entre guerras no século vinte promoveram as condições para o surgimento da Ficção Científica no Brasil. Em nosso país, essa forma literária se apresentou através da Literatura de Distopia e refletiu o interesse das elites dirigentes com as teorias eugenistas da época e com a constituição miscigenada do povo brasileiro. Para discutir este fato, este trabalho analisa como o romance Amazônia misteriosa (1925), de Gastão Cruls, dialoga com as convenções da ficção científica britânica vitoriana durante o período da República Velha (1889-1930) e se coloca como um instrumento ideológico das elites da época contra a população brasileira


O ótimo A Amazônia Misteriosa (1925) nos leva até a tribo perdida das amazonas, mas seu autor, Gastão Cruls, fornece antes de mais nada uma descrição da floresta amazônica que cerca as mulheres guerreiras, e sua própria organização social, integrada aos hábitos indígenas - além da história do continente. Mais importante, o livro nos fornece uma visão do passado pré-colombiano, relacionado à identidade latino-americana, que nos permite contrapô-lo às pressões neocoloniais da época

A trama coloca os protagonistas em uma expedição pela Amazônia, onde eles se perdem e acabam descobrindo, entre outras coisas: Gigantes, incas, guerreiras amazonas e até um cientista alemão (o livro se passa durante a I Guerra Mundial, 1914-1918) fazendo misteriosas pesquisas! Dizem que ele se inspirou em A Ilha do Dr. Moreau, de H. G. Wells, e até os personagens mencionam esse livro durante um diálogo. A diferença, e que diferença, é que Gastão, profundo conhecedor da amazônia, insere elementos da fauna, flora e folclores locais, criando uma aventura com sabor 100% brasileiro. 

Amazônia misteriosa descreve a jornada de um médico, referido no romance apenas como “Doutor”, à selva amazônica. Este personagem-narrador é acompanhado de uma equipe de ajudantes dentre os quais apenas se destaca na trama o caboclo Pacatuba, atuando como companheiro do narrador. A equipe se perde na floresta e é encontrada por um grupo de índios que os levam à tribo de índias de grande estatura identificadas posteriormente como as lendárias Amazonas. Através do consumo de uma bebida feita pelos silvícolas, ele empreende uma viagem onírica até a época do império Asteca e descobre a origem das Amazonas. Neste lugar, o Doutor também encontra um cientista alemão de nome Jacob Hartmann acompanhado de sua esposa francesa, Rosina, e, de dois ajudantes também europeus. Gradativamente o protagonista descobre que o cientista está fazendo experiências com animais e com os meninos recém-nascidos rejeitados pelas índias. Eventualmente o médico brasileiro e Rosina se apaixonam e decidem fugirem juntos da aldeia. Rosina, porém, sucumbe aos perigos da Amazônia e o romance termina com o narrador chorando a morte da amada.

FILME SOBRE O LIVRO

Um Lobisomem na Amazônia é filme de longa-metragem brasileiro de 2005, do gênero comédia de terror, dirigido por Ivan Cardoso e produzido por Diler Trindade. O roteiro é baseado em romance de Gastão Cruls - Amazônia Misteriosa.

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Edições no exterior


Gaston Crulz. Amazonia Misteriora. 1938. Editora Claridad. 220 p.




The misterious Amazonia: a brazilian novel. Zelio Valverde. Rio de Janeiro. 1944.

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Edição: Revisto em Abril de 2014 - Abril de 2020


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sábado, 1 de dezembro de 2012

MORRIS WEST - AS SANDÁLIAS DO PESCADOR



Morris Langlo West (26 de abril de 1916 - 9 de outubro de 1999) foi um escritor australiano.

Biografia

Morris West nasceu em St. Kilda, Victoria, na Austrália.  Formou-se em 1937 na Universidade de Melbourne e trabalhou muitos anos como professor. Passou 12 anos de sua vida em um mosteiro, mas não chegou a se ordenar padre. Em seus livros, West revela seus interesses no catolicismo romano, falando inclusive de muitos papas, e revela também um interesse na política internacional.

Fonte: Wikipedia
Informações detalhadas de Morris West
 Morris_West - Wikipedia  (informações em inglês)


Livros

 

As Sandálias do Pescador - The Shoes of the Fisherman (1963)



The shoes of the fisherman. Morris West. Heinemann. Melbourne. 1 ed. 1963. 302 p. Imagem da sobrecapa. Livro em capa dura azul 

 Edições Brasileiras


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As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro Ferro. Biblioteca do Leitor Moderno, v. 43. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro.  1 ed. 1963. 304 p.

As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro Ferro. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro.  2,3 e 4 ed. 1964 e 1965. 304 p.
- As capas aparecem de varias cores. Não sei se foram feitas com cores diferentes ou se as mudanças são efeitos do tempo. Mas parece que a primeira edição tinha a azulada e as seguintes avermelhada e esverdeadas.
Livro As Sandálias Do Pescador De Morris West
As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro Ferr . Civilização Brasileira. Rio de Janeiro.  x ed. 1968. 304 p


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As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro . Civilização Brasileira. Rio de Janeiro.  10 ed. 1972. 302 p



As Sandálias Do Pescador Morris West Literatura Estrangeira
As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro Ferro . Record. SuperSellers, v. 11. Rio de Janeiro.  x ed. 19xx. 265 p. ISBN: 8501008389




As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro Ferro. Abril. Coleção Classico Modernos, v. 27. São Paulo.  x ed. 1975. 395 p

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As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro. Ediouro. São Paulo.  x ed. 1976. 328 p 11x17

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As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro Ferro. Abril. Coleção Grandes Sucesso, v. x. São Paulo.  x ed. 1981. 391 p



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As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro. Abril. Coleção Grandes Sucesso, v. x. São Paulo.  x ed. 1983. 389 p
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As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro Ferro. Circulo do Livro. São Paulo.  x ed. 1982. 330 p
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As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro Ferro. Circulo do Livro. São Paulo.  x ed. 1986. 389 p

As Sandálias do Pescador. Morris West. Trad. Fernando Castro Ferro. Record. Rio de Janeiro.  19 ed. 19xx. 304 p.

As Sandálias do Pescador. Morris West. Tradutor Fernando de Castro Ferro. Record.Rio de Janeiro.  x ed. 2000. 272 p. ISBN: 8501008389



Edições em Portugal


FILME SOBRE O LIVRO - SANDÁLIAS DO PESCADOR

Foi feito um filme baseado no livro as Sandálias do Pescador, que foi lançado em 1968, dirigido por Michael Anderson e tinha no elenco entre outros Anthony Quinn, Laurence Olivier, Vittorio de Sica, John Gielgud e Oskar Werner.



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Neste site tem uma otima resenha do filme:

Resenha do Filme As Sandalias do Pescador
 

SINOPSE:   

"As sandálias do pescador" publicado em 1963, no auge da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética. Considerado "profético" por alguns, pois sua trama antecipa em 15 anos a eleição de um Papa vindo de um país comunista do leste europeu ( Papa João Paulo II  - Karol Józef  eleito em 1978).
Depois de vários anos presos num campo de trabalhos forçados na Sibéria, o padre Kiril Lakota (Quinn) é mandado de volta para Roma. Lá, ele é nomeado cardeal pelo próprio Papa. Mas a vida desse defensor da liberdade e da fé cristã, estaria tomando rumos que ele jamais imaginaria. Com a súbita morte do Papa, Kiril  Kiril assume o trono de Pedro ("O pescador") praticamente no mesmo tempo que seu antigo torturador Kamenev assume o poder na URSS.  Os perigos de um conflito atômico, o debate entre ciência e religião, amor e pecado - temas que se entrelaçam neste extraordinário best-seller de Morris West um clássico da literatura do século XX. Era o escritor predileto de João Paulo II.  Morris West, foi seminarista e sendo incrível a semelhança dos fatos e, até mesmo das características pessoais e comportamentais de João Paulo II com o protagonista do romance. A singularidade do aspecto profético do livro vai da origem de João Paulo (que é polonês, e a Polônia é um país comunista), passa pela idade e performance do "suposto papa", eleito com quase a mesma idade de João Paulo II; indo tal semelhança até o postura de ex-atleta que ambos apresentam e, o mais importante, descreve o desempenho do novo Papa que, abre as portas do Vaticano para o mundo, como de fato aconteceu com João Paulo II iniciando uma verdadeira peregrinação pelos continentes.


OUTROS LIVROS DE MORRIS WEST


  • O advogado do Diabo - The Devil's Advocate (1959)
  • A Salamandra - The Salamander (1973)
  • Arlequim - Harlequin (1974)
  • Concubina
  • O Embaixador - The Ambassador (1965)
  • Os Fantoches de Deus - The Clowns of God (1981)
  • A Filha do Silêncio (1961)
  • Fora de Série
  • O Herege (1969)
  • Kundu (1956)
  • Um Mundo Transparente
  • O Navegante - The Navigator (1976)
  • O Preço da Honra
  • Proteu (1979)
  • A Torre de Babel (1968)
  • O Milagre de Lázaro
  • A Segunda Vitória
  • A Estrada Sinuosa
  • Filhos das Trevas
  • Forca na areia
  • O Mestre de Cerimônias
  • Ponto de Fuga
  • Terra Nua
  • O Verão do Lobo Vermelho
  • Os amantes (1993)


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Joelmir Beting - 21 de dezembro de 1936 - 29 de novembro de 2012

Esta postagem é uma homenagem a um escritor, principalmente de cronicas econômicas, que com seu estilo de tentar exemplificar o complexo conquistou muito admiradores ao longo do tempo.
 






http://www.joelmirbeting.com.br/


Livros de Joelmir Betting 


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Ed. Impress. 1 ed. 1973
 SINPOSE
"Os fatos e as versões da Economia". Este livro não faz teoria economica. Com ele o autor tenta mostra que no vasto mundo da economia há limites físicos que não podem ser impunemente transpostos, por maiores e mais válidas que sejam as intenções políticas da sociedade dos homens.... 


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Ed. Brasiliense. 1 ed. 1985

 Sinopse
"... este livro é a porimeira grande repostagem da guerra da espoliação terceiro-mundista, com suas cuasas e seus efeitos. Do "front", ao vivo, Joelmir Beting dispara a primeira entrevista exclu siva de Fidel Castro a um jornalista brasileiro - uma conversação de 15 horas, em Havana, no gabinete do Conselho de Estado, sobre o desdobramento politico do impasse fisico da "dbt crisis", que Fidel prefere chamar de "debt bomb"...

 


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Biografia por ele mesmo disponivel no site

Biografia de Joelmir Beting

Joelmir Beting



Capa VipJoelmir José Beting é meu nome completo. O nome da família é Betting com dois T. Parece nome inglês, mas é nome alemão da Westphalia, fronteira com a Holanda. A família veio de Metelen, perto de Munster, nos idos de 1864, a bordo do paquete holandês Challenger.
E bota desafio nisso. Juntamente, no mesmo barco, com outras 42 famílias de Metelen e arredores, os colonos alemães foram contratados, previamente, pela Fazenda Ibicaba, na boca do sertão de Limeira, então braço avançado de Campinas, SP.

Hoje tombada pelo Patrimônio Histórico, a Ibicaba funcionou como central de suprimentos de alimentos e uniformes para a soldadesca enfiada no "front" da Guerra do Paraguai. Minha família era de tecelões, para os uniformes. O forte de Ibicaba era a introdução do café em bases modernas, com mão-de-obra importada da Alemanha e da Suiça. Fazenda de propriedade do Senador Vergueiro e do Brigadeiro Luiz Antonio. O internauta paulistano dirá: mas isso não é uma fazenda; é uma esquina. Não por caso, esquina famosa do centro velho de São Paulo . Deixo para depois a história deEstadão Ibicaba e o fio da meada puxado de Limeira até Tambaú, via Pirassununga.

Nasci em Tambaú, em 21 de dezembro de 1936. Ali trabalhei e estudei até 1955. Fui bóia-fria aos sete anos de idade. Desembarquei em São Paulo com a roupa do corpo, literalmente empurrado pelo Padre Donizetti Tavares de Lima (1890-1961), meu gurú espiritual (e profissional). Ele me orientou para estudar Sociologia na USP e "fazer carreira no jornalismo", Eu queria seguir carreira no magistério, tal como fizeram dois brilhantes colegas de turma: Francisco Weffort e Ruth Cardoso.

Acabei resvalando para o jornalismo, entrando pela porta da imprensa esportiva já em 1957, ainda cursando a USP. Fiz futebol nos jornais O Esporte e Diário Popular e na rádio Panamericana(que virou Jovem Pan). Em 1962, sociólogo formado, troquei o jornalismo esportivo pelo jornalismo econômico. Inicialmente, como redator de estudos de viabilidade econômica para projetos desenvolvidos por uma consultoria de São Paulo.

Em 1966, pelas mãos de Gilberto Adrien, diretor comercial da Folha de S.Paulo, fui resgatado pelo jornalismo diário para lançar uma editoria de Automóveis no caderno de Classificados. RevistasReferência: uma tese acadêmica na USP, nota 10, de minha autoria, datada de 1962, monitorada pelos professores Azis Simão e Fernando Henrique Cardoso, versando sobre "Adaptação da Mão-de-Obra Nordestina na Indústria Automobilística de São Paulo".

A cobertura do mercado de automóveis ganhou luz própria e acabei premiado, em 1968, com a nomeação para o cargo de Editor de Economia da Folha de S.Paulo. Onde encontrei tempo e espaço para lançar minha coluna diária em 7 de janeiro de 1970. A mesma coluna foi, por anos, publicada simultaneamente por quase meia centena de jornais brasileiros, com timbre da Agência Estado. Troquei a Folha de S.Paulo pelo O Estado de S.Paulo em agosto de 1991, juntamente com Paulo Francis.

ChargeA coluna diária foi meu pau-da-barraca profissional. Com ela, desbravei o economês, vulgarizei a informação econômica, fui chamado nos meios acadêmicos enciumados de "Chacrinha da Economia", virei patrono e paraninfo de 157 turmas de formandos em Economia, Administração, Engenharia, Agronomia, Direito - bem mais que Dom Helder, Dom Evaristo, Tristão de Athayde, Chateaubriand, Juscelino...

A coluna diária - ininterrupta, até 30 de janeiro de 2004, - igualmente foi meu trampolim para inaugurar, ainda em 1970, a informação econômica diária em rádio (Jovem Pan, Gazeta, Bandeirantes e CBN) e em televisão (Gazeta, Record, Bandeirantes e Globo, nesta a partir de agosto de 1985, até julho de 2003, passando pelo "Espaço Aberto" na GloboNews, e de volta à Bandeirantes, em março de 2004.

Multimídia há três décadas, ataquei também de livros com "Na Prática a Teoria é Outra"(1973) e "Os Juros Subversivos"(1985) e dezenas de ensaios para revistas semanais, como um muito especial, tratando dos efeitos da inflação, "Párias do Quatrilhão", para a "Veja" do Natal de 1996.

Outra atividade profissional de grande peso em minha carreira é a de conferencista no Brasil e no Exterior. Realizo, em média, oito palestras por mês em empresas, convenções, simpósios, congressos e seminários. Onde eu me reencontro com a profissão que pretendia seguir nos tempos da USP: o magistério.

ChargeSim, trabalho e estudo 15 horas por dia, desde minha infância em Tambaú. Minha mulher, Lucila, segura a prensa desde nosso casamento indissolúvel, em 14 de abril de 1963. E meus dois filhos, Gianfranco, publicitário e webmaster, e Mauro, comentarista esportivo de jornal e televisão, também trabalham, pesquisam e estudam hoje 15 horas por dia.
Aqui neste Perfil, farei desfilar um vasto material em texto, som e imagem do que andei fazendo nestes mais de 40 anos de jornalismo. Com pelo menos uma dezena de histórias pessoais que mostram que o jornalismo econômico, entre outras coisas, é também uma profissão fisicamente perigosa. Um dia eu conto.
São Paulo, fevereiro 2004





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