Blog destinado a pessoas que gostam de livros. A intenção é a troca de informações sobre: edições de livros; curiosidades literárias; especialmente livros sobre a Amazônia e endereços e dicas sobre livrarias e sebos no Brasil e no mundo.
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Stanislaws Booker e colaboradores
Macunaíma é um livro de autoria de Mario de Andrade, escrito em seis dias em 1926 e lançado em 1928. Desde então teve varias edições. Esta postagem coleciona e disponibiliza as diferentes edições deste livro.
O personagem-título, um herói sem nenhum caráter (anti-herói), é um índio que representa o povo brasileiro, mostrando a atração pela cidade grande de São Paulo. A frase característica da personagem é "Ai, que preguiça!". Como na língua indígena o som "aique" significa "preguiça", Macunaíma seria duplamente preguiçoso. A parte inicial da obra assim o caracteriza: "No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite."
# 26 de fevereiro de 2022 (em edição)
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 1. ed. Editora: Estabelecimento Graphico Eugenio Cupolo: São Paulo, 1928. 278 p.
O valor atingido num leilão em Fev. 2022 - R$ 4.2000
A primeira edição da obra, com tiragem de apenas 800 exemplares, impressos em papel e tinta de baixa qualidade, é considerada, atualmente, um tesouro da Literatura Brasileira. A escolha dos materiais utilizados provavelmente foi decisão do autor de imprimir uma tiragem maior do que conseguiria, se optasse por qualidade superior – consta que esta publicação foi financiada pelo próprio Mário de Andrade.
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 2. ed. Jose Olympio: Rio de Janeiro, 1937. 278 p. Esta edição foi de 1000 exemplares.
Esta é uma reprodução da segunda edição em comemoraçao aos seus cem anosda Jose Olympio (Record)
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 2. ed. Record: Rio de Janeiro, 2022. xx p. ISBN:
Macunaíma – o herói sem nenhum caráter é um marco na história da literatura brasileira. Reproduzindo a segunda publicação da obra pela José Olympio, esta edição atualizada mantém a característica escrita de Mário de Andrade e adapta o clássico projeto gráfico de 1937. Foram muitas as perspectivas utilizadas por Mário de Andrade na construção dessa linguagem singular, pois ele se valeu de sua ampla visão da cultura popular para criar o personagem-título – Macunaíma foi forjado a partir de lendas indígenas e populares, colagens de histórias, mitos e modos de vida que, nele somados, deram existência a um tipo brasileiro ideal. Um ser mágico, debochado e zombeteiro, que viaja pelo país – de Roraima a São Paulo, descendo o rio Araguaia, do Paran á aos pampas, até chegar ao Rio de Janeiro –, acompanhado de seus irmãos, Jiguê e Maanape, numa aventura para recuperar seu amuleto perdido: a muiraquitã.Publicado pela primeira vez em 1928 e custeado pelo autor, Macunaíma teve sua segunda edição lan çada pela Livraria José Olympio Editora, em 1937. É esse texto que o leitor e a leitora têm agora em mãos, com atualização ortográfica, preservação do estilo da prosa e projeto editorial que reproduz a arte gráfica de Thomaz Santa Rosa, icônico artis ta visual responsável pelos livros da editora nas decadas de 1930 e 1940. A importância de Macunaíma para a cultura brasileira é imensurável. Em 1969, o filme homônimo dirigido por Joaquim Pedro de Andrade trouxe dois protagonistas: Grande Otelo, o Macunaím a negro e Paulo José, o Macunaíma branco. No Carnaval de 1975, a Portela levou à avenida o samba-enredo Macunaíma – herói de nossa gente, puxado por Silvinho da Portela, Clara Nunes e Candeia.
Macunaima, composição de David Corrêa e Norival Reis, interpretada por Jamelão.
Portela apresenta
Do folclore tradições
Milagres do sertão à mata virgem
Assombrada com mil tentações
Cy, a rainha mãe do mato, oi
Macunaíma fascinou
Ao luar se fez poema
Mas ao filho encarnado
Toda maldição legou
Macunaíma índio branco catimbeiro
Negro sonso feiticeiro
Mata a cobra e dá um nó
Cy, em forma de estrela
À Macunaíma dá
Um talismã que ele perde e sai a vagar
Canta o uirapuru e encanta
Liberta a mágoa do seu triste coração
Negrinho do pastoreio foi a sua salvação
E derrotando o gigante
Era uma vez Piaiman
Macunaíma volta com o muiraquitã
Marupiara na luta e no amor
Quando para a pedra para sempre o monstro levou
O nosso herói assim cantou
Vou-me embora, vou-me embora
Eu aqui volto mais não
Vou morar no infinito
E virar constelação
Em 2019, Macunaíma – uma rapsódia musical foi uma das pe ças mais elogiadas da temporada de teatro. A adaptação foi dirigida por Bia Lessa, com roteiro da escritora e crítica de arte Veronica Stigger, que assina o prefácio desta edição da record “O Macunaíma é a maior obra nacional. Você precisa ler.”
Oswald de Andrade: “Juntamente com o companheiro José, de Carlos Drummond, o anti-herói de Mário passou a ser figura de citação obrigatória, adquirindo um prestígio popular que antes só personagens de José de Alencar ou Machado de Assis tinham conseguido.”
"Silviano Santiago“ - Selvagem e civilizadíssimo. Só Mário.” -
"Darcy Ribeiro “Obras e autores que captam verdades ficam tornam-se polos de comparação, mesmo nas reflexões miúdas do cotidiano. Macunaíma obra e Macunaíma um herói possível são assim.” - Telê Pontes
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 3 ed. Martins Fontes: São Paulo, 1944. 240 p. Obras Completas de Mário de Andrade.
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x ed. Livraria Martins: São Paulo, 1975. 228 p. (Coleção Obras Completas de Mário de Andrade).
Mesma capa de 1976 até 1979. Neste ano tem também a capa com olhos e boca vermelha.
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 18 ed. Livraria Martins: São Paulo, 1975. 228 p. (Coleção Obras Completas de Mário de Andrade).
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 19 ed. Livraria Martins: São Paulo, 1980. 228 p. (Coleção Obras Completas de Mário de Andrade).
Esta capa e a mesma da 20 edição de 1981.
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x ed. Círculo do Livro - São Paulo. 1982 - 1983 - 1984. 203 p.
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 22 ed. Círculo do Livro - São Paulo. 1987 - 1992. 203 p. Coleção Grandes da Literatura Brasileira, v. 5.
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x ed. LTC, 1978. 436 p. Edição crítica de Telê Porto Ancona Lopez.
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x ed. UNESCO - UFSC - Florianópolis, 1988. 480 p. Edição crítica de Telê Porto Ancona Lopez. Coleção Arquivos, v. 6
Textos Darcy Ribeiro, Alfredo Bosi, Raul Antelo. Maria Augusta Fonseca.
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 20. ed. Editora Itatiaia: Belo Horizonte, 1985. 135 p.
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 28 - 30. ed. Editora Villa Rica: Belo Horizonte, 1992 - 1997. ISBN 8573440643
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esta edição da Garnier parece ter duas capas a "Sinhazinha e a Jangada" foram lançadas em 2000, 2001 e 2004 (31,32 e 33 ed.)
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 31. ed. Livraria Garnier: São Paulo, 1965. 228 p.
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 32. ed. Garnier. São Paulo 2002. (Coleção Clássicos da Literatura, v. 1). ISBN:9788571750579
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Agir: São Paulo. 2008. 237 p.
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Folha de São Paulo: São Paulo. 2008. 203 p. Coleção Folha Grandes Escritores, v. 17. ISBN9788599896426
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Folha de São Paulo: São Paulo. 2008. 203 p. Coleção Folha Grandes Escritores, v. 17. ISBN9788599896426
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Editora Ótima: São Paulo, 2015. 65 p. Coleção Mestres da Liteatura. Excerto ?
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Editora Nova Fronteira: São Paulo, 2015. 240 p. Ediçãi Especial FLIP 2015. ISBN: 978-8520923771
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Editora UNESP: São Paulo, 2020. 188 p. ISBN: 9788539308347
Em Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, Mário de Andrade radicaliza o uso literário da linguagem oral e popular que já havia utilizado em seus livros anteriores e mistura folclore, lendas, mitos e manifestações religiosas de vários recantos do Brasil, como se fizessem parte de uma unidade nacional. Macunaíma, que ora é índio negro ora é branco, até hoje é considerado símbolo do brasileiro em vários sentidos: o do malandro esperto, amoral, que sempre consegue o que quer, e o do povo perdido diante de suas múltiplas identidades. Nas palavras do próprio autor, “Macunaíma vive por si, porém possui um caráter que é justamente o de não ter caráter”.
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Editora Melhoramentos: São Paulo, 2018. 232 p. ISBN 978-8506083284
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Editora Vozes: Petrópolis, 2016. 280 p. ISBN 978-85 326 52275 (Coleção Vozes de Bolso).
Macunaíma é um dos romances mais importantes do modernismo brasileiro e defende uma valorização da cultura nacional. Mário de Andrade utiliza, nesta obra, provérbios do povo brasileiro e faz uma crítica à língua culta tão valorizada no Brasil ao aproximar a língua escrita do modo de falar. A Coleção Vozes de Bolso - Literatura Brasileira se propõe a trazer ao público um novo tipo de trabalho em torno de grandes clássicos da literatura de língua portuguesa. São todos textos já canonizados pela nossa tradição, porém com alguns "aditivos" que agregam valor e força aos mesmos.
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Penguim Companhia: São Paulo, 2021. 240 p. Clássicos. ISBN 9788582850411
Mário de Andrade publicou Macunaíma em 1928. O livro foi um acontecimento. Debochado e intensamente brasileiro - ainda que muito pouco ou nada nacionalista -, este romance é ainda hoje um dos textos fundamentais do nosso Modernismo. E continua a influenciar as mais diversas manifestações artísticas. Nascido nas profundezas da Amazônia, o herói de Mário de Andrade é cheio de contradições - assim como o país que lhe serve de berço. É adoravelmente mentiroso, safado, preguiçoso e boca-suja. Suas peripécias vêm embaladas numa linguagem rapsódica e inventiva, um marco das pesquisas de seu autor em torno de uma identidade linguística brasileira.
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Ubu: São Paulo 2017. 272 p. ISBN: 978-8592886516. Ilustrações: Luiz Zerbini
Publicado em 1928, Macunaíma representou por muito tempo o símbolo do “povo brasileiro” ou ainda do que chamamos de “nação”. Esta edição, que conta com o estabelecimento do texto de Telê Ancona Lopez e Tatiana Longo Figueiredo, oferece uma nova chave de leitura ao romance, com foco especial para as fontes indígenas usadas por Mário na produção do romance. Como disse o próprio autor: “copiei, copiei às vezes textualmente[...], não só os etnógrafos e os textos ameríndios, mais ainda, na “Carta pras Icamiabas”, pus frases inteiras de Rui Barbosa, de Mário Barreto, dos cronistas portugueses coloniais”. No texto de Lúcia Sá, se explicita a cópia de trechos inteiros do mito de Makunaíma, tal qual recolhido pelo viajante alemão Theodor Koch Grünberg. Como sugere a apresentação de Eduardo Sterzi, mais do que alegoria da formação nacional, Macunaíma seria uma grade realização literária da antropofagia, “capaz de colocar tudo o que existe sob o signo da devoração [...], em que comer o inimigo é não mera destruição e assimilação de outro corpo, mas, antes de tudo, um modo de experimentar o ponto de vista do inimigo sobre todas as coisas, especialmente sobre si”, citando Eduardo Viveiros de Castro. As ilustrações do artista carioca Luiz Zerbini são feitas com um procedimento similar ao do texto de Mário com as fontes indígenas. As monotipias não são “representações” da vegetação tropical. São as próprias plantas e objetos com tinta que são colocados na prensa e imprimem e dão relevo ao papel com sua textura. Pra completar a edição, recuperamos o glossário de Diléa Zanotto Manfio, feito para a edição crítica de 1980, há muito fora de circulação. O leitor tem acesso ao significado de todas as palavras de origem indígena e regionais utilizadas por Mário no romance.
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x ed. Martin Claret: São Paulo. 2016. 183 p. ISBN: 978854400109
Neste romance de 1928, o poeta modernista Mário de Andrade constrói um anti-herói aos moldes do povo brasileiro, Macunaíma é um herói sem caráter que sai de uma tribo amazônica para morar na cidade grande, símbolo de um povo que não encontrou a sua própria identidade. A obra é considerada por muitos críticos como um indianismo moderno, além de ser escrita sob a ótica cômica, ela revela o multiculturalismo brasileiro. Fonte: Martin Claret
ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Peiróplis: São Paulo. 2016. 80 p. Quadrinhos por Angelo Abu e Dan X.
Nunca houve um herói como Macunaíma. E nunca houve uma adaptação de sua história como esta.Com uma incrível riqueza de imagens e cores, Angelo Abu e Dan X recriam de maneira vigorosa a saga imaginada por Mário de Andrade sobre um personagem singular, a quem falta caráter, mas sobra carisma – e preguiça. Macunaíma nasce índio, se transforma em um belo e loiro príncipe, encontra seres fantásticos da Floresta Amazônica, enfrenta armadilhas e perigos e viaja à cidade grande com seus irmãos em busca de mais confusões e enrascadas. Uma história que se traduz com perfeição aos quadrinhos, em uma versão que se mostra tão divertida e irreverente quanto a obra original.Este é o 15o álbum da coleção Clássicos em HQ.
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o mundo do herói sem nenhum caráter. x. ed. Edusp: São Paulo, 1979. 100 p. (Edição comemorativa do cinquentenário da publicação de Macunaíma o Herói sem Nenhum Caráter, de Mario de Andrade - 1928-1978). Ilustrada com desenhos de Caryb[e. Comentários de Antonio Bento.
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ANDRADE, Mário de. MACUNAÍMA: O HERÓI SEM NENHUM CARÁTER. COM ÁGUAS-FORTES ORIGINAIS DE CARYBÉ. Rio de Janeiro: Cem Bibliófilos do Brasil, 1957. Décima primeira publicação da Sociedade dos Cem Bibliófilos. Criada em 1943, a Sociedade tinha como objetivo publicar obras-primas de autores brasileiros, ou livros sobre o Brasil, em tiragens limitadas, impressas em papel de luxo e ilustradas sempre por um grande artista. A obra se compõe de 43 gravuras, sendo 18 de página inteira e 25 em meia página. Tiragem de 120 exemplares. 217 pp. Tamanho da obra: 40x30cm.
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ANDRADE, M. D. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. x. ed. Editora Itatiaia Limitada: Belo Horizonte. 1984. 156 p. Livro em grande formato 34 x 32 cm. Ilustrações Rita Loureiro. Edição fora do comércio, 1984. Texto Rapsódia e Resistência - Telê Porto Ancona Lopez. 250 exemplares, todos assinados e numerados pela artista. 44 ilustrações,
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Edições em outros idiomas.
ANDRADE, M. D. Macunaíma. Husets Forlag, 1989. 176 p. Edição em alemão. ISBN: 8774832255.
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ANDRADE, M. D. Macunaíma. Randon House, 1984. 168 p. Tradutor: E. A. Goodland. Edição em Ingles.
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Andrade. M de. MACUNAÍMA. London: Quarter Books, 1984. 168 pp. Texto em inglês.
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CD com o Filme. Duração: 105 minutos.
Diretor: Joaquim Pedro de Andrade Legenda: Inglês, Espanhol, Francês
Extras: - Making Of: A restauração digital de Macunaíma - Heloísa Buarque de Hollanda fala de Macunaíma - Paulo José, à maneira de Mário de Andrade - Seleção de cenas censuradas + encarte de 16 páginas