domingo, 5 de janeiro de 2014

Bibliografia sobre índios Tenharins / Kagwahiva - Serie Livros sobre a Amazônia




Tenharins ou Kagwahiva  são indígenas que vivem na região do curso médio do rio Madeira, no sul do Amazonas - mais precisamente nas Terras Indígenas Tenharim do Igarapé Preto e Tenharim -Marmelos e Tenharim -Sepoti. Os três grupos pertencem a um conjunto mais amplo de povos autodenominados Kagwahiva - palavra que significa "nós", "a gente" e também pode ser grafada nas formas Cavahiba, Cabaiba, Cabahiba, Kawahib, Kagwahív etc. -,  falam a mesma língua, pertencente à família linguística tupi-guarani. O grupo do rio Sepoti originou-se do grupo do rio Marmelos. Já o grupo do igarapé Preto parece não ter origem comum com os outros dois, mas é um antigo aliado do grupo do rio Sepoti. Há poucos remanescentes de grupos Kagwahiva. Além dos tenharins do rio Marmelos,  do Igarapé Preto e do rio Sepoti, há também os parintintins e os jiahuis (também chamados diahois).




Areas indigenas - Tenharins - Kagwahiva - Fonte: Peggion




Até a década de 1920, todos os povos Kagwahiva eram referidos como Parintintins. Além desses grupos, também são considerados Kagwahiva os Uru-eu-wau-wau, os Amondawa, os Karipuna e os Juma. Os três primeiros vivem na região do alto Madeira, em Rondônia, e o último, na região do rio Purus, no Amazonas. No passado, os Tenharins e os Parintintins eram também chamados de Bocas-Negras, Bocas-Pretas, Cautários, Sotérios e Cabeça-Vermelha.

Fonte: Adaptado de Wikipedia

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Bibliografia  sobre os índios:

 Kagwahiva -  Cawahibs - Tenharins

FRANÇA, Luciana Barroso Costa.  Caminhos cruzados: parentesco, diferença e movimento entre os Kagwahiva. Rio de Janeiro: UFRJ, 2012. (Tese de Doutorado)


FRANÇA, Luciana Barroso Costa.  Caminhos cruzados: parentesco, diferença e movimento entre os Kagwahiva. Rio de Janeiro: UFRJ, 2012. (Tese de Doutorado)

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HUGO, Vitor. Desbravadores. 2 v. Humaitá : Missão Salesiana de Humaitá, 1959.

HUGO, Vitor. Desbravadores. 2 v. Humaitá : Missão Salesiana de Humaitá, 1959

Capa
HUGO, Vitor. Desbravadores. 2 v. Humaitá : Missão Salesiana de Humaitá, 1959

Resenha: Os Desbravadores. Inclui notas ao pé das páginas, índice das ilustrações, relação de documentos, bibliografia, abreviaturas usadas, índice onomástico e índice dos autores. Os apêndices incluem 57 documentos, dentre os quais:
 

Leitura e esclarecimentos sobre o Primeiro Mapa do rio Madeira.
Orações em língua Baure.
Orações em língua More.
Determinações do Governo Brasileiro no acôrdo com os Missionários Franciscanos do Rio Madeira.
Notas sobre o rodoviarismo na Amazônia.
Haver da Prelazia de Porto Velho, de 1925 a 1936.
Nosografia do Município de Humaitá à chegada dos Salesianos.
Concessões de terrenos à Igreja de Guajará-Mirim.
Atos da Prefeitura de Porto Velho em favor da Prelazia homônima.
Rodovia Arara-Santa Rosa.
Excerto dum Relatório de Frei José M. de Macerata (1843) sobre os índios da Rondônia.
Índios Parintintin batizados por Monsenhor Pedro Massa e pelo Padre Ângelo Cerri.
Relatório do Prof. Sílvio Milanese sobre a fundação duma Estação de Meteorologia em Vila Bela (Mato Grosso) no ano de 1923.
Informações geológicas.
Primeiro vocabulário Karitiana-Português e Português-Karitiana.
Vocabulário dos índios Arara e Gavião do Rio Gi-Paraná (Machado).
Primeira lista de vocábulos dos índios civilizados da localidade de Três Tombos no Rio Branco (Rio Aripuanã).



Victor Hugo - Autor do livro os Desbravadores
 

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MENENDEZ, Miguel Angel.  Os Kawahiwa : uma contribuição para o estudo dos Tupi centrais. São Paulo : USP, 1989. (Tese de Doutorado)

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NIMUENDAJÚ, Curt. The Cawahib, Parintintin and their neighbors. In: STEWARD, J. (Ed.). Handbook of South American Indians. v. 3. New York : Cooper Square Publishers, 1963. p. 283-97.

NIMUENDAJÚ, Curt. Os índios Parintintin do rio Madeira. Journal de la Société des Américanistes, Paris : Société des Américanistes, v. 16, p. 201-78, 1924.



NIMUENDAJÚ, Curt. Os índios Parintintin do rio Madeira. Journal de la Société des Américanistes, Paris : Société des Américanistes, v. 16, p. 201-78, 1924.


Disponivel na Bilblioteca de Curt Nimuendajú - http://biblio.etnolinguistica.org/

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PEGGION, Edmundo Antônio. Relações em perpétuo desequilibrio: A organização dualista dos povos Kagwahiva da Amazônia. Anablume - Fapesp - ISA- .2011.298 p.
ISBN 978-85-391-0281-5

Relações Em Perpétuo Desequilíbrio - a Organização Dualista dos Povos Kagwahiva - Edmundo Antonio Peggion (8539102811)
PEGGION, Edmundo Antônio. Relações em perpétuo desequilibro: A organização dualista dos povos Kagwahiva da Amazônia. Anablume - Fapesp - ISA- .2011.298 p.
ISBN 978-85-391-0281-5
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Resenha: Descreve o sistema dualista - organização social dividida em metades complementares - tupi-kagwahiva. Focaliza as relações entre as formas e práticas de reprodução social dos povos Kagwahiva da Amazônia meridional, assim como as ideias e valores por eles sustentados sobre si mesmos e sobre seus Outros. Baseados em uma pesquisa etnográfica realizada entre os Tenharins do rio Marmelos e os Amondawa, o estudo corresponde a uma interpretação do dualismo sensível à vida ritual e às classificações sociocosmológicas e institucionais nativas.  Fonte: ISA



O Novo Testamento na língua Kagwahiva (Tenharim) do Brasil



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Sobre o histórico da região do curso médio do rio Madeira, onde os Tenharim e os demais Kagwahiva em geral habitam, existem dois amplos estudos realizados por Vitor Hugo (1959), de uma ótica missionária, e por Miguel Menéndez (1981/82; 1984/85). Mais especificamente sobre os Kagwahiva, temos o relatório de Curt Nimuendajú (1924) e um texto do mesmo autor publicado no Handbook of South American Indians ([1948]1963). Os Tenharim do rio Marmelos foram referência nos estudos realizados por Menéndez (1989) e Peggion (1996a). Aparecem também em artigos escritos por estes mesmos autores: Menéndez (1987) e Peggion (1995; 1996b).Os Tenharim do Igarapé Preto estão presentes numa série de relatórios realizados a pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai), para identificar e avaliar o impacto da mineração na sua Terra Indígena (Maciel, 1987; Santos, 1989; Peggion, 1997), e num artigo sobre os trabalhos de identificação (Peggion, 1998). As áreas Tenharim do rio Marmelos e Tenharim do Igarapé Preto são abordadas conjuntamente em Mariz, 1984; Menéndez, 1985a; 1985b; e Valadão, 1987. Já sobre os Tenharim do rio Sepoti, Heringer e Lange (1981) registraram sua passagem pela região em que habitam e está em avaliação o relatório de identificação desta Terra Indígena (Peggion, 1998)

Fonte: ISA

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The Tenharim Indians are a tribe of Indians who live in Amazonas in Brazil. They reside near the mid Madeira River and live in homes that are handcrafted from bark and palm leaves. The Tenharim are a proud people who work hard to provide for their families. They live off the land by producing crops, hunting, fishing, and gathering.
The Tenharim are known as “Boca-Negra” or “Black Mouth” due to their corporal painting designs. They were first encountered due to the TransAmazonica highway. Master “Plummets” in their ability to combine color and textures with small feathers. Small bamboo tubes are made for “Indian Paco Robbanne” – small flowers dried and crushed into a fine powder and sprinkled on the body after a bath in the river. This give the smell of the original flower, a type of ecological perfume.
The Tenharim Indian society is one that is based on a patrilineal system. This means that each person is said to belong to their father’s side and can only marry on the other side. In some instances, this rule is changed, but very rarely, and normally only when the groom lives far away from the bride.
When a bride and groom marry, the groom owes his father-in-law for a certain period of time. The groom must work for the father-in-law, to work off a debt owed for his bride. The period of work varies on the prestige of both of the men. Those that are higher in prestige can demand longer working relationships and can even make them permanent.   The gender roles in the Tenharim society are very much like the traditional roles in other tribal societies. Men are responsible for hunting, fishing, making bows and arrows, and clearing the land. They also help in times of harvest and sometimes work outside of the village. Women are responsible for caring for the children and taking care of the crops. They process and cook all foods and make crafts that are used for ceremonies, gifts, and for trade and sale. Planting begins in the dry season, normally around the month of June. During this time, the land is cleared and the crops are sown. The Tenharim Indians grow a variety of crops, but like many Indian tribes in the Amazon area, they rely heavily on their crops of manioc. Manioc provides them with a way to make bread, teas, and even a beer. It is used in almost every meal and every day.
The Tenharim people are able to create stunning headdresses that are very popular amongst tribal members and are also sold to travelers throughout the area and to other villages. The art used in the creation of these intricate headdresses shows the true skill that the Tenharim people hold. They are able to create stunning plummets of dyed feathers that are true works of art.
They also create bows and arrows, necklaces, bracelets, and rings. These items are used for trade, barter with other villages, and are sometimes taken into other towns to be sold to travelers. This helps the people to raise funds for purchasing items that they cannot grow or create themselves.
The Tenharim people are truly a people who work to live off the land and respect its beauty. Through slash and burn agriculture, they grow their crops and make sure to replenish what they take from the land and from the forest. They are a people who believe in respect and great tradition, and value their families


Source: http://www.indian-cultures.com/cultures/tenharim-indians/

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