domingo, 17 de agosto de 2014

Hans Staden - Viagem ao Brasil - Duas viagens ao Brasil

Hans Staden (Homberg (Efze), c. 1525 — Wolfhagen, c. 1579) foi um aventureiro mercenário alemão do século XVI.   

Por duas vezes, Staden esteve no Brasil, onde participou de combates nas capitanias de Pernambuco e de São Vicente contra navegadores franceses e seus aliados indígenas e onde passou nove meses refém dos índios tupinambás. De volta à Alemanha, Staden escreveu "

História Verdadeira e Descrição de uma Terra de Selvagens, Nus e Cruéis Comedores de Seres Humanos, Situada no Novo Mundo da América, Desconhecida antes e depois de Jesus Cristo nas Terras de Hessen até os Dois Últimos Anos, Visto que Hans Staden, de Homberg, em Hessen, a Conheceu por Experiência Própria e agora a Traz a Público com essa Impressão

 ": um relato de suas viagens ao Brasil que se tornou um grande sucesso editorial da época. 

Fonte: wikipedia




Hans Staden.

Warhaftige Historia vnd beschreibung eyner Landtschafft der Wilden, Nacketen, Grimmigen Menschfresser Leuthen, in der Newenwelt America  gelegen, vor vnd nach Christi geburt im Land zu Hessen vnbekant, biss vff dise ij. nechst vergangene jar, Da sie Hans Staden von Homberg auss Hessen durch sein eygne erfarung erkant, vnd yetzo durch den truck an tag gibt. Dedicirt dem Durchleuchtigen Hochgebornen herrn, H. Philipsen Landtgraff z Hessen, Graff zu Catzenelnbogen, Dietz, Ziegenhain vnd Nidda, zeinen G.H. Mit eyner vorrede D. Joh. Dryandi, genant Eychman, Ordinarij Professoris Medici zu Marpurgk. Inhalt des Büchlins volget nach den Vorreden. Gedruckt zu Marpurg, 1557. 169 p.




Esta é a primeira edição e  está disponível na Biblioteca Brasilian Guita e José Mindlin - USP



A primeira edição do livros de Hans Staden, teve tal sucesso, que foi pirateada no mesmo ano, numa edição lançada em Frankfurt. Que reproduz o texto original, mas foi ilustrada com as gravuras da Viagem ao Oriente de Varthema, publicada em 1556, que nada tem a ver com os indios (Fonte: Midlin, 1999)



Hans Staden. Warhaftige Historia und bescheribung eyner Landtschaft der Wildern, Nacketen, Grimmigen, Menschfresser Leuthen, in der Newenwelt America gelegen, vor und nach Christi geburt im Land. Gedruckt zu Frankfurt am Mayn durch Weygandt Han in der Schburgassen zum Krug. 1557.




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EDIÇÕES BRASILEIRAS





Hans Staden : suas viagens e captiveiro entre os selvagens do Brasil. Tradução: Alberto Löfgreen, Teodoro Sampaio. Edição commemorativa do 4º Centenário. Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Typ. da Casa eclectica. São Paulo. 1900  

Resumo: Esta é uma tradução direta em português a partir do texto original de 1557. No entanto, é a segunda feita na língua portuguesa. A primeira apareceu em 1892 na Revista do Instituto Histórico e Geographico do Rio de Janeiro, volume 55, parte 1, e tem por autor Alencar Araripe. As gravuras são reproduções fotográficas, em tamanho igual, das estampas do original.

Esta é edição está disponível na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin - USP

http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/01737100








1930 - Viagem ao Brasil  - 1ª Ed. - Academia Brasileira - Officina Industrial Graphica. Biblioteca de Cultura Nacional. Tradutores Alberto Löforen e Teodoro Sampaio. Rio de Janeiro.186 p.

 

Esta edição esta disponível online na Biblioteca Nacional - http://purl.pt/151 

 

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1955 - Viagem ao Brasil  - 2ª Ed. - Coleção Estudos Brasileiros - Série Cruzeiro, vol. 10. Livraria Progresso Editora. - Salvador - 273 p.

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STADEN, Hans: Duas Viagens ao Brasil

1974 - Duas Viagens ao Brasil - ª Ed. - Ed. Itatiaia - Belo Horizonte - Brasil - 216 p.  Tradução de Guiomar de Carvalho Franco / transcrito em alemão moderno por Carlos Fouquet. Introdução e notas de Francisco de Assis Carvalho Franco. Trata-se de "reprodução fac-similar da excelente tradução de Guiomar de Carvalho Franco.


Esta obra está dividida em duas partes. A primeira narra a chegada do viajante ao país e sua captura pelos índios. Organizada com muita objetividade, a narrativa envolve o leitor com a sucessão de peripécias que compõem o relacionamento entre Staden e os tupinambás. A segunda descreve, com precisão etnográfica, os nativos e seu modo de vida, tornando o autor, juntamente com seu contemporâneo, o francês Jean de Léry, uma das principais fontes históricas e antropológicas acerca dos indígenas.


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STADEN, Hans: Duas Viagens ao Brasil
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2000 - Duas Viagens ao Brasil (Warhafrig Historia and Bescbreibung enner Landt) - 1ª Ed. - Ed. Beca - São Paulo - Brasil - 196 p. - 400 g.

 

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STADEN, Hans: Hans Staden
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 2005 - Hans Staden - Um Aventureiro no Novo Mundo - 1ª Ed. - Ed. Conrad - São Paulo - Brasil - 80 p. - 150 g. 

 Esta edição do texto clássico de Hans Staden é composta de um livro e de um CD-ROM. Optamos pela tradução de Alberto Löfgren, feita em 1900 a partir do original de Marburg de 1557. 'Tendo o ilustrado Dr. Eduardo Prado adquirido em Paris um exemplar, original da primeira edição de Marburg, de 1557, começamos a comparar este original com a tradução portuguesa e chegamos à conclusão de que talvez houvesse vantagem em dar uma nova edição deste livro tão interessante para a nossa história.' Alberto Löfgren

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2007 - Hans Staden - História de Duas Viagens ao Brasil - Warhaftige Historia Zwei Reisen Nach Brasilen (1548-1555 - Instituto Martius Staden -  São Paulo - Brasil - Edição Bilingue. 409 p.

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1999. VERDADEIRA HISTÓRIA DOS SELVAGENS, NUS E FEROZES DEVORADORES DE HOMENS (1548-1555). DANTES EDITORA.  300 p. ISBN-13: 9788586488033. Tradutor. Pedro Süssekind. 


Resenha:
"A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS SELVAGENS, NUS E FEROZES DEVORADORES DE HOMENS, ENCONTRADOS NO NOVO MUNDO, A AMÉRICA, E DESCONHECIDOS ANTES E DEPOIS DO NASCIMENTO DE CRISTO NA TERRA DE HESSEN, ATÉ OS ÚLTIMOS DOIS ANOS PASSADOS, QUANDO O PRÓPRIO HANS STADEN DE HOMBERG, EM HESSEN, OS CONHECEU, E AGORA OS TRAZ AO CONHECIMENTO DO PÚBLICO POR MEIO DA IMPRESSÃO DESTE LIVRO "
Viagens ultramarinas, naufragios, selvagens, lutas e canibalismo. Hans Staden narra os acontecimentos com simplicidade e nos faz imaginar o Brasil do séc.XVI, através do olhar dos primeiros que aqui estiveram. É um relato cheio de peripécias nessa terra ainda desconhecida, cenário de aventuras verídicas e extraordinárias.
Hans Staden foi um arcabuzeiro alemão que fez duas viagens ao Brasil entre 1547 e 1555. A primeira foi num navio português que comercializava o pau-brasil. Na segunda viagem o destino era o Rio da Prata. Essa expedição foi interrompida pelo naufrágio do navio e de sua tripulação em Santa Catarina. Hans Staden se salvou. Depois de longa jornada, chegou em Bertioga e ficou encarregado de proteger o Forte Santo Amaro das ofensivas dos inimigos. Mas um dia foi surpreendido pelos tupinambá. Aliado dos franceses, esses índios eram canibais prontos para devorar os portugueses que tentavam escravizá-los. Hans Staden foi confundido com um português e passou nove meses em cativeiro entre os selvagens. Durante todo esse tempo, ele viveu na tribo, observou os costumes indígenas e usou de artimanhas para driblar aqueles que queriam devorá-lo. Em 1555 voltou para a Europa num navio francês e escreveu o livro.




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 2013 - Duas Viagens ao Brasil -  L & PM - Porto Alegre - Brasil.  Coleção L & PM Pocket. 192 p. Tradução de Angel Bojadsen. ISBN 978.85.254.1733-6



Resenha: Duas vezes em meados do século XVI, o mercenário e arcabuzeiro alemão Hans Staden (c. 1524-c. 1576) aportou nas costas do recém-descoberto Brasil. A primeira, em 1549, passando por Pernambuco e pela Paraíba, e a segunda, em 1550, quando chegou na ilha de Santa Catarina, dirigindo-se posteriormente à capitania de São Vicente, no litoral sul do atual estado de São Paulo. Na segunda viagem, como viera a bordo de um navio espanhol, foi preso pelo governador-geral, o português Tomé de Sousa, e em seguida capturado pelos índios tamoios, inimigos dos tupiniquins e dos portugueses e aliados dos franceses. O jovem Staden viveu para contar o que viu: paisagens virgens, riquezas inexploradas e a prática ritual do canibalismo, do qual por muito pouco não foi vítima. O livro com o seu relato foi publicado em 1557, em Marburgo, Alemanha, ilustrado por xilogravuras anônimas (reproduzidas nesta edição) baseadas nas suas descrições, e imediatamente tornou-se um best-seller em toda Europa. Trata-se da mais acurada e impressionante descrição do banquete antropofágico – o festim canibal praticado pelos povos Tupi. É, também (junto à Carta de Pero Vaz de Caminha) umas das primeirissimas reportagens realizadas sobre os povos que viviam no que viria a ser o Brasil, um eletrizante relato feito por, como diz Eduardo Bueno no prefácio, "um estrangeiro em um mundo estranho". 

Fonte: L & PM

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Hans Staden - Viagens e Aventuras no Brasil -
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 2005 - Viagens e aventuras no Brasil -  Melhoramentos. 96 p. Tradução de Luis Antônio Aguiar. ISBN 8506011744



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Aventuras de Hans Staden" é um livro infantil de autoria de Monteiro Lobato, publicado em 1927.

Monteiro Lobato havia publicado em 1925 o livro "Meu cativeiro entre os selvagens do Brasil", escrito pelo europeu Hans Staden, relatando o período em que havia sido prisioneiro dos índios tupinambás, no início do século XVI. Monteiro Lobato então lançou, em 1927, uma versão do mesmo livro, só que as aventuras são narradas por Dona Benta para os seus netos.
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Aventuras de Hans Staden
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As aventuras de Hans Staden
Hans Staden, um alemão que fora aprisionado pelos tupinambás no litoral fluminense, em 1554, depois de ter voltado para casa, escreveu, provavelmente, um dos primeiros best-seller sobre o Novo Mundo. Sua narrativa, tantas vezes editada entre nós, não só teve agora uma bem ilustrada nova impressão, como serviu de roteiro para um filme que ora ganha cartaz no Brasil inteiro.

Staden cai prisioneiro dos tupinambás
A captura: imaginem ser capturado no Brasil do século 16 por um aborígine chamado Nhaepepô-açu ,"Panela Grande", e, pior ainda, ser dado em seguida de presente a um outro, de nome Ipirú-guaçu, o "Tubarão grande"! Nada de esperançoso, pois, aguardava o pobre Hanz Staden, um alemão do Hesse que, embarcado para cá, caíra aprisionado pelos tupinambás, no ano de 1554.

Não satisfeitos em ameaçar devorá-lo a qualquer instante, os seus captores, depois de terem-no levado para a aldeia deles em Ubatuba, arrastavam-no para que presenciasse as cerimônias antropofágicas que realizavam. Certa vez, carregaram-no até a aldeia de Tiquaripe, perto de Angra dos Reis, para ver um dos seus inimigos ter a cabeça esmagada pelo ibirapema, o tacape de execuções. Logo em seguida, assistiu os restos do bravo serem rapidamente deglutidos pela tribo inteira, embriagada previamente com licor de raízes de abatí.


Um livro incrível

Staden, que miraculosamente retornou ao Hesse, registrou seus tormentos de prisioneiro dos nativos num livro maravilhoso para ler: Viagens e aventuras no Brasil(Wahrhaftige Historia, editado em Marburg em 1557). Porém, ele não foi o primeiro alemão a pôr os pés no Brasil. Houve ainda um outro, um tal de Ulrich Schmidel, um lansquenete que, em 1540, com um grupo de aventureiros a serviço dos espanhóis, embrenhou-se inutilmente na Amazônia, atrás da lendária tribo de mulheres guerreiras (façanha contada na História verdadeira de uma viagem curiosa feita por Ulrico Shmidel, editada em Frankfurt, em 1567).

Interessa, porém, observar, no que toca ao livro de Staden, as precauções que ele tomou na Alemanha para que acreditassem nele. A Europa do século 16, o grande século das navegações, estava cansada de ler ou ouvir relatos eivados em mentiras e absurdos diversos.

O descrédito das narrativas de viagem. A tal ponto tinha chegado a coisa, que Rabelais, o grande satírico francês, fazendo mofa do livro do padre cosmógrafo André Thévet (Singularitez de la France Antarctique, 1558), decidiu-se inserir na sua obra-prima, dois capítulos denunciando, pelo riso, o disparate das visões mentirosas que alguns viajantes tiveram no inexistente País de Cetim. Criou, também, como símbolo desses mitômanos, um personagem-caricatura, o "Ouvi-dizer", que, apesar de ser um velho, corcunda e paralítico, tendo a língua esfacelada em sete pedaços, narrava, com um mapa-múndi aberto à sua frente, as suas impossíveis aventuras para uma multidão de crédulos. Eram histórias de unicórnios, de mantichoros com corpo de leão e cara humana, de cabeçudíssimos catoblepos de olhos venenosos, de hidras com sete cabeças, de onocrotalos que imitavam gritos de asno, de pégasos, e de tribos de seres com cabeças de pássaros, ou até mesmo com duas cabeças, de povos fabulosos que andavam apoiados nas mãos, com as pernas balançando no ar! (ver o livro V de Gargantua e Pantagruel, de 1564)

Rabelais denunciou os exageros dos viajantes
Querendo, pois, evitar ser chamado de embusteiro, Staden, além de banir do seu relato qualquer menção à zoologia fantástica, pediu a um conhecido seu do Hesse, um tal de Dryander, que assegurasse a veracidade do conteúdo do livro. O alemão, "ébrio de um sonho heróico e brutal", viera a dar com os costados no Brasil para satisfazer seu gosto pela aventura, para ver de perto as maravilhas que escutara na Europa sobre o Novo Mundo descoberto. Foi na sua segunda viagem ao Brasil (na primeira ele conheceu Pernambuco) que Staden naufragou nas costas do litoral fluminense. Por saber lidar com canhões, os portugueses, que o acolheram muito bem, promoveram-no a artilheiro do Forte de Bertioga.


Entre os tupinambás

Certo dia, num descuido seu, os tupinambás, inimigos dos lusos, o maniataram, dando início então ao seu calvário. Amarrado e transportado por mar na piroga indígena, Staden fez de tudo para convencer seus captores de que ele não era um peros, um português, mas sim um mair, um francês, portanto um aliado deles. Conseguiu pelo menos deixa-los na dúvida. Afinal, os índios podiam matar alguém amigo. A alvura do alemão e sua barba loira devem tê-lo ajudado, pois os tupinambás, provavelmente, nunca tinham visto um português brancarrão como ele. Staden atribuiu a sua sobrevivência às rezas, o tempo inteiro, feitas com redobrado fervor.

Cena antropofágica: mulheres da tribo retalham o morto
Os antropólogos, porém, conhecendo hoje melhor os rituais de antropofagia, lendo Staden, chegaram a outra conclusão. Não o abateram e o moquearam por que Staden pareceu-lhes um covarde, cuja carne era indigna de ser ingerida por um valente tupinambá. Não foi pois, o olhar de Deus que o salvou, mas o tremor que abalou o seu corpo e a sua voz.

O que impressiona o leitor, é como Staden conseguiu manter um excelente poder de observação em meio aos perigos em que se encontrava. Deve-se a ele termos um relato em primeira mão da vida dos indígenas, com quem partilhou hábitos e costumes, privando com os seus cheiros, humores, e impudores. Não se trata das observações, quase que de rigor científico, como as do genebrino Jean Lery em sua passagem pelo Brasil, quando por aqui esteve na França Antártica de Villegagnon, em 1557. Oportunidade em que, visitando algumas tabas e conversando com os nativos, ao redor da baia da Guanabara, coletou material e assunto. De volta ao Velho Mundo, Lery publicou um ensaio que é considerado como um dos mais soberbos levantamentos etnográficos do Brasil: o Viagem a terra do Brasil, La Rochelle, 1578. Staden, ao contrário, viveu oito meses em meio aos seus captores. Afinal, os tupinambás tinham-no transformado num Ché remimbaba indé, num animal doméstico, que seu dono, o já referido Tubarão Grande, conduzia amarrado como um cão para todos os lados.



Staden apela inutilmente por asilo
Angustia-se o leitor com a falta de solidariedade de alguns marinheiros franceses para com o pobre homem. Certa vez, o alemão chegou a abordar um barco ancorado bem próximo à praia para pedir asilo. O comandante, para desespero do fugitivo, mandou que se afastasse, porque não queria a inimizade dos índios. Se o acolhessem, disse, os tupinambás, magoados, não fariam mais escambo com ele. Mas, por fim, Staden conseguiu, numa outra oportunidade, um convés amigo que o levou de volta à Europa. O livro de Staden foi um sucesso, tendo conhecido várias tiragens. Talvez tenha sido o primeiro best-seller relatando uma aventura no Novo Mundo.

O primeiro best-seller do Novo Mundo

Zinca Wendt (Relatos quinhentistas sobre o Brasil, Berlim, 1993), demonstrou que o êxito da vendagem do livro de Staden , além das suas óbvias qualidades, e de transmitir ao leitor a permanente sensação de horror em vir-se a ser vítima do canibalismo, deveu-se largamente à mensagem religiosa que continha. O crente náufrago apareceu aos seus conterrâneos da Igreja Reformada, como alguém que escapara miraculosamente das garras do demônio, graças a sua fé protestante. Aliás, ao longo do livro, Staden reproduziu as orações e preces que fez aos céus para poder escapar aquele pesadelo. Portanto, a narrativa, também, serviu como uma poderosa arma na guerra travada ao longo do século 16, entre protestantes e católicos. A Nova Fé, derivada da rebeldia de Lutero, igualmente, era capaz de provocar milagres!


Fonte: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/index_hans.htm

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